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Oito portugueses saíram da Palestina. Uma decidiu ficar

Lusa 17 de novembro de 2023 às 14:01

Já a menor cujo pai está em Portugal e que perdeu mãe e irmãos em bombardeamento ainda não foi retirada por dificuldades de comunicação com a família.

Oito cidadãos sinalizados por Portugal já saíram de Gaza, através da passagem de Rafah, estando a caminho do Cairo, havendo uma cidadã palestiniana residente em Portugal que preferiu ficar no território, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

REUTERS/Reuters TV

"Já estão fora de Gaza 8 cidadãos sinalizados pelas autoridades portuguesas para a retirada do território -- dois nacionais e seis familiares -- os quais estão, neste momento, a caminho do Cairo", lê-se numa nota do MNE, que dá conta de que "uma cidadã palestiniana, com residência em Portugal, optou por permanecer no território".

"Prosseguem ainda as diligências para a retirada da menor que estava autorizada a sair, e cujos familiares tragicamente faleceram no bombardeamento da passada quarta-feira, o que não foi possível até ao momento devido a dificuldades de comunicação com os seus familiares", diz ainda o MNE.

Na nota, o MNE dá conta que a saída "decorreu através da passagem de Rafah, aberta para a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito" e salienta que "tratou-se de uma operação complexa levada a cabo pelas autoridades egípcias, em articulação com as autoridades israelitas, coadjuvadas por uma equipa portuguesa que se deslocou esta manhã à fronteira para auxiliar na retirada".

As embaixadas de Portugal no Cairo e em Telavive, bem como a representação diplomática de Portugal em Ramallah e o Gabinete de Emergência Consular em Lisboa "estiveram em contacto permanente com estes cidadãos, bem como com as respetivas autoridades locais para concretizar a saída em segurança", acrescenta o ministério liderado por João Gomes Cravinho.

"O repatriamento destes oito cidadãos, a partir do Egito, ficará a cargo do Estado Português, que assegura alojamento e transporte para território nacional", conclui-se no comunicado distribuído hoje à imprensa.

A ofensiva militar na Faixa de Gaza foi lançada depois de o grupo extremista palestiniano Hamas ter atacado o sul de Israel em 7 de outubro, causando 1.200 mortos, segundo as autoridades israelitas.

Desde então, os bombardeamentos e operações terrestres israelitas provocaram mais de 11 mil mortos na Faixa da Gaza, segundo o Hamas, que controla o território desde 2007.

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