Novo Banco: PSD diz que Governo tem que contar com maioria parlamentar
Sociais-democratas reuniram com o Governo para falar sobre a venda do Novo Banco e deixaram aviso: Costa deve apoiar-se na maioria parlamentar de esquerda para qualquer decisão que venha a ser tomada
O PSD reuniu-se esta terça-feira com o Governo, num encontro pedido pelo Executivo sobre o processo de venda do Novo Banco, e remeteu para a maioria parlamentar de esquerda o apoio a qualquer decisão que venha a ser tomada.
Contactada pelaLusa, fonte do grupo parlamentar confirmou o encontro de uma delegação do PSD com o Governo, notícia avançada pela Sic Notícias, remetendo para o Executivo, que solicitou a reunião, o anúncio da "informação que deseja comunicar publicamente".
"O PSD esclarece apenas que não foi solicitado pelo Governo ao PSD qualquer apoio para a decisão que pretende tomar e que o governo, como é por demais sabido, dispõe de maioria parlamentar para suportar as suas escolhas políticas mais importantes", acrescentou a mesma fonte.
O primeiro-ministro, António Costa, revelou esta manhã que o Governo tem a expectativa de concluir a venda do Novo Banco até ao final desta semana. No Funchal, na ilha da Madeira, questionado pela agênciaLusase a situação do Novo Banco estaria resolvida até ao final da semana, António Costa respondeu apenas: "Sim, é essa a expectativa que temos".
A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, disse que o partido aguarda para saber em concreto o que está a ser preparado pelo Governo para a venda do Novo Banco, reiterando ser favorável à alienação total da instituição.
Pelo contrário, na segunda-feira, a coordenadora do BE, Catarina Martins, insistiu que é um "erro" vender o Novo Banco a privados, salientando que o Governo não terá o apoio do partido neste processo.
No mesmo dia, o PCP disse que não tinha nenhuma reunião com o Governo sobre o Novo Banco e reafirmou que a instituição deve ser integrada no sector público bancário.
A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, admitiu, também na segunda-feira, a possibilidade de o Estado português manter 25% do capital do Novo Banco, mas apontou que então deverá assumir outros compromissos, escusando-se a especificar quais.
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