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NATO activa anti-míssil com protestos da Rússia

12 de maio de 2016 às 13:29

A NATO vai activar hoje na Roménia, o polémico escudo anti-míssil, financiado pelos Estados Unidos, provocando protestos formais de Moscovo

Após a passagem por Bucareste, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, desloca-se hoje à tarde a Deveselu, no sudoeste da Roménia, onde participa na cerimónia oficial que assinala a actividade do escudo anti-míssil.

"Vamos consolidar a presença das forças se for necessário. Não para atacar mas sim para defender a segurança dos aliados", disse hoje em Bucareste o secretário-geral da NATO, numa conferência de imprensa em que esteve presente o chefe de Estado da Roménia, Klaus Johannis.

"A Rússia já alterou fronteiras através da força e continua a ameaçar os países vizinhos", acrescentou Stoltenberg.

Moscovo já protestou formalmente contra o escudo anti-míssil da NATO que considera uma ameaça contra a Rússia, adiantando que o sistema tem capacidade para lançar mísseis, pondo em perigo o equilíbrio estratégico na região.


"Não vejo justificações para a tensão. As ameaças da Rússia são irresponsáveis e os russos sabem que este sistema não é dirigido contra eles", sublinhou Stoltenberg.

O chefe de Estado da Roménia, na mesma conferência de imprensa, afirmou que a "situação do flanco leste dos países da NATO continua volátil" e que o escudo serve para responder a ameaças de fora da Europa.

O sistema está equipado com mísseis de intercepção SM-3, custou 880 milhões de euros e enquadra-se na segunda fase do escudo de defesa, na Europa.

A primeira fase incluiu a distribuição, por parte dos Estados Unidos, do sistema de mísseis cruzeiro dotados de radar e foguetes com capacidade para enfrentar ataques aéreos, terrestres e marítimos.

O sistema anti-míssilAegis foi instalado na base de Rota, no sul de Espanha e na Turquia foi montado o radar de alerta, cujo centro de controlo se encontra na base aérea de Ramstein, na Alemanha.

A terceira fase prevê a instalação de um sistema de defesa anti-míssil na cidade polaca de Redzikow, perto do enclave russo de Kaliningrado.

O início da construção do sistema na Polónia começa na sexta-feira e deve estar a funcionar em finais de 2018.

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