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Mulher condenada no Porto a 18 anos de prisão por matar a ex-esposa

09 de fevereiro de 2022 às 10:22

A arguida foi condenada pela prática de um crime de homicídio qualificado e outro de violência doméstica nas penas de 17 anos e dois anos e meio, respetivamente. Daqui resultou o cúmulo jurídico de 18 anos de reclusão.

O tribunal criminal de São João Novo, no Porto, condenou esta quarta-feira a 18 anos de prisão uma mulher que matou a sua ex-esposa com 12 facadas numa rua daquela cidade, em março de 2021.

A arguida foi condenada pela prática de um crime de homicídio qualificado e outro de violência doméstica nas penas de 17 anos e dois anos e meio, respetivamente. Daqui resultou o cúmulo jurídico de 18 anos de reclusão.

A arguida foi condenada também a pagar uma indemnização de 25 mil euros à mãe da vítima.

Ao ler a decisão do caso, o presidente do coletivo de juízes, Pedro Menezes, disse que "não há razões para afastar a especial censurabilidade" da conduta da arguida.

"Foi um ato de puro egoísmo. Espero que o tempo que vai passar na prisão a faça refletir no seu erro", observou, dirigindo-se à mulher condenada.

A vítima, de 25 anos e funcionária de uma cadeia de 'fast-food', foi atacada às 06:35 de 13 de março de 2021 na rua Benjamim Gouveia, no Porto, quando se deslocava para o seu posto de trabalho.

Foi atingida com 12 golpes de faca no tórax, costas, braços e pescoço.

A arguida agiu inconformada com o divórcio de ambas, após um casamento alegadamente marcado por frequentes episódios de violência doméstica.

Em julgamento, a arguida pediu perdão pelo homicídio da ex-esposa, declarando-se arrependida.

"Não era este o desfecho que queria", assegurou.

Polícias envolvidos na investigação do caso contaram que a arguida se entregou numa esquadra depois de cometer o crime, dizendo achar que tinha matado uma pessoa.

As testemunhas contaram que a arguida apresentava a roupa ensanguentada e os olhos inflamados por ação de gás pimenta, que foi lançado, segundo os agentes, pela vítima na tentativa de travar o ataque de que estava a ser alvo.

Nas alegações finais, em janeiro, o Ministério Público pediu a condenação da arguida a 18 anos de prisão.

A defesa admitiu apenas uma condenação por homicídio por negligência.

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