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Mossul: Bélgica investiga ataques que mataram civis

31 de março de 2017 às 16:08

O procurador-geral belga vai promover uma investigação preliminar sobre dois "potenciais incidentes" relacionados com ataques aéreos das forças militares belgas na batalha pela cidade iraquiana de Mossul que provocaram numerosas vítimas civis

O procurador-geral belga vai promover uma investigação preliminar sobre dois "potenciais incidentes" relacionados com ataques aéreos das forças militares belgas na batalha pela cidade iraquiana de Mossul que provocaram numerosas vítimas civis, indicou um porta-voz.

"Recebemos informações do ministério da Defesa relacionados com dois potenciais incidentes", declarou hoje o porta-voz do procurador federal Eric Van Der Sypt, sem precisar a data.

"Abrimos uma investigação preliminar para estabelecer ... se todos os procedimentos foram observados durante os dois incidentes. Caso tenham sido cumpridas todas as regras, e mesmo que tenham existido vítimas civis (...) é possível que não tenha sido cometida qualquer falta penalmente repreensível", acrescentou.

O deputado ecologista Wouter De Vriendt, membro da comissão de Defesa, afirmou à televisão flamenga VRT que os incidentes estão relacionados com os bombardeamentos realizados por F16 belgas sobre Mossul em 17 de Março.

A Bélgica participa com os seus F16 na coligação internacional contra o grupojihadista Estado Islâmico (EI), dirigida pelos Estados Unidos.

Segundo o governador da região de Mossul, Nawfal Hammadi, "mais de 130 civis" foram mortos no decurso de ataques aéreos da coligação internacional no bairro de al-Jadida, em apoio às forças iraquianas que em Outubro desencadearam uma ofensiva para reconquistar a cidade.

A coligação liderada pelos EUA "está provavelmente envolvida" na morte de numerosos civis durante esse bombardeamento, admitiu na terça-feira o general norte-americano Stephen Townsend, que comanda em Bagdad as forças desta coligação.

Em Paris, o porta-voz do estado-maior afirmou na quinta-feira que os aviões de caça franceses que participam na coligação não lançaram bombas nesse sector, apesar de terem participado nesse dia em ataques sobre Mossul.

Em paralelo, também decorre uma investigação sobre o eventual bombardeamento pela coligação internacional de uma escola em Mansura, perto de Raqqa, na Síria, em 21 de Março, e de um edifício junto a uma mesquita em 16 de Março na povoação de Al-Jineh, província de Aleppo.

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