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Marcelo expressa preocupação com efeitos da situação europeia nos mercados

30 de maio de 2018 às 14:52

"Nós dependemos muito da Europa e dependemos muito do mundo", afirmou Presidente da República.

O Presidente da República relativizou hoje o abrandamento do crescimento económico no primeiro trimestre, mas declarou-se preocupado com os efeitos da situação europeia nos mercados financeiros, manifestando o desejo de que haja uma estabilização.

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Foto: Lusa
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"Não escondo que a situação europeia é uma situação que está a provocar nos mercados financeiros uma subida das taxas de juro, porque há incertezas, dúvidas políticas com efeitos económicos e financeiros. Isso não depende de nós. Todos esperamos que haja uma estabilização e uma normalização depois destes picos", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado, que falava aos jornalistas, à saída de uma iniciativa na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, reforçou esta mensagem: "Nós dependemos muito da Europa e dependemos muito do mundo. Se a nível mundial e a nível europeu, sobretudo a nível europeu, houver desaceleração económica e problemas nomeadamente nos mercados financeiros, isso é preocupante para todos".

"Vamos acompanhar os próximos meses para ver exactamente como é que os mercados financeiros reagem", acrescentou.

Antes, o Presidente da República relativizou o abrandamento da economia portuguesa no primeiro trimestre -- em que o crescimento foi de 2,1% em termos homólogos e 0,4% em cadeia, desacelerando face ao último trimestre de 2017, segundo dados hoje dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que "o primeiro trimestre do ano é sempre um trimestre relativamente fraco -- não é em Portugal, é fraco de uma maneira em geral, nomeadamente nas economias europeias -- e, depois, a economia tende a subir".

Interrogado sobre a situação política em Itália, o Presidente da República escusou-se a falar de "outros países", limitando-se a dizer que "há um dado novo destas últimas semanas" que espera que "não se prolongue para o futuro".

Sobre a actuação da União Europeia para evitar uma nova crise das dívidas soberanas em vários países, o chefe de Estado defendeu que "o Banco Central Europeu tem continuado a agir permanentemente, e teve um papel muito importante no passado, e tem no presente e terá no futuro, como estabilizador da situação financeira".

"É evidente que há fenómenos que são mais difíceis de controlar, se se prolongarem no tempo. Esperamos todos é que se não prolonguem no tempo", afirmou.

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