Israel alarga zona de combates e ordena evacuação de 14 bairros

As forças israelitas "vão alargar significativamente a atividade militar nas zonas onde estão presentes", advertiu o porta-voz do exército em árabe, Avichay Adraee num comunicado, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

Especificamente, o exército ordenou a evacuação dos bairros de Ghaban, Al Shimaa, Fadous, Al Manshiya, Sheikh Zayed, Al Sultan, Al Karama, projeto Beit Lahia, Al Zahour, Tal Al Zaatar, Al Nour, Abdul Rahman, Al Nahda e campo de refugiados de Jabalia.

"Foram as organizações terroristas que vos provocaram esta catástrofe", disse Adraee no comunicado, dirigindo-se diretamente à população de Gaza.

Israel, bem como os Estados Unidos e a União Europeia, considera o grupo radical palestiniano Hamas e outras organizações islamitas como organizações terroristas.

A atual guerra em Gaza, que provocou mais de 53.000 mortos, foi desencadeada por um ataque do Hamas no sul de Israel em 07 de outubro de 2023, que causou 1.200 mortos e 250 reféns.

As forças israelitas ordenaram a evacuação do mesmo setor na quarta-feira à noite, antecipando na altura ataques à zona, mas sem mencionar operações terrestres.

Nesta região, Israel sitia há dias o hospital Kamal Adwan, o hospital indonésio de Beit Lahia e o hospital Al Awda de Jabalia.

O hospital Al Awda informou hoje de manhã que o exército israelita atacou as instalações durante a madrugada, obrigando o pessoal a tentar evitar os incêndios que entretanto deflagraram.

Antes das novas ordens, 81% da Faixa de Gaza já estava sob interdição por ser zona militarizada, por ter sido objeto de ordem de evacuação ou por ambas as razões, segundo o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA).

A zona militarizada tem, em média, cerca de três quilómetros desde a fronteira com Israel até à Faixa de Gaza, que na parte mais estreita tem seis quilómetros de largura.

A zona militarizada também se estende por toda a cidade de Rafah ou pela capital, a cidade de Gaza.

Nestas zonas, todos os movimentos humanitários têm de ser coordenados com as forças armadas israelitas.

O Hamas governa a Faixa de Gaza desde 2007.

O pequeno enclave palestiniano tem cerca de 2,4 milhões de habitantes e está sujeito a um cerco israelita desde março, o que fez suscitar os receios de uma catástrofe humana.

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