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Investigação de Tancos deve ser "célere"

09 de setembro de 2018 às 19:41

A secretária-geral adjunta do PS defendeu celeridade na investigação em curso pelo Ministério Público ao caso de Tancos.


A secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, defendeu hoje celeridade na investigação em curso pelo Ministério Público ao caso de Tancos, considerando "prejudicial" que se opine sobre esta matéria, antes de haver conclusões.

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Tancos
Foto: José Neves
Foto: João Santos
Foto: Rafael Marchante/Reuters

"Há uma investigação em curso do Ministério Público (MP). Todas as respostas ou todas as opiniões dadas enquanto decorre essa investigação, creio que é prejudicial e, por isso, pela parte do PS, aguardamos pelas conclusões dessa investigação que, obviamente, deve ser célere", afirmou.

Ana Catarina Mendes, que falava aos jornalistas em Almodôvar (Beja), à margem do mega piquenique do PS local, reagia às declarações feitas hoje sobre o caso de Tancos pelo presidente do PSD, Rui Rio.

O líder social-democrata, ao intervir no encerramento da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide (Portalegre), defendeu que o país tem de exigir ao MP que rapidamente faça a "acusação correta" no caso do furto de material de guerra em Tancos e considerou o Governo "incapaz de dar mais respostas".

No discurso, Rui Rio utilizou a ironia para descrever o roubo de material de guerra e recorreu mesmo a uma frase de um célebresketch humorístico celebrizado pelo falecido actor Raul Solnado, sobre a ida à guerra ("A Guerra de 1908"), para descrever a situação: "Os gatunos chegaram à guerra e estava fechada, aproveitaram para levar o que levaram", gracejou.

Sem se alongar em comentários, Ana Catarina Mendes argumentou que, "no último ano, o que aconteceu foi o Ministério da Defesa dizer mesmo que era preciso uma investigação" ao roubo desse material de guerra.

"Essa investigação está a ser levada a cabo, aguardemos as conclusões", frisou, lembrando que não comenta "casos que estão na justiça", mas enfatizando que "a função do Governo" é trabalhar "para que a justiça seja mais célere" e para que "as pessoas possam confiar no Estado de Direito"

Nesta sua deslocação a Almodôvar, a secretária-geral adjunta do PS foi também questionada sobre a contagem do tempo de serviço dos professores e o "braço de ferro" entre os sindicatos do sector e o Governo nesta matéria.

Para Ana Catarina Mendes, o Governo cumpriu "mais uma promessa" ao descongelar as carreiras dos docentes, acrescentando que, porém, "não é possível dar um passo maior do que a perna e não é possível dar tudo a todos".

"O que foi possível, neste momento, foi chegar à mesa das negociações e apresentar uma contraproposta para lá do descongelamento das carreiras", ou seja, para que fossem contados "mais dois anos na carreira dos professores", lembrou.

Mas "a irascibilidade dos sindicatos", que defendem a contagem de todos os anos que as carreiras estiveram congeladas, é "verdadeiramente inadmissível", argumentou.

É preciso "encontrar diálogos" e "consensos", sem "pôr em causa o esforço que foi feito por todos os portugueses nestes três anos", afiançou a dirigente do PS, que disse ter "a convicção absoluta" de que, nem esta, nem outras matérias, vão impedir a aprovação do Orçamento do Estado para 2019.

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