Secções
Entrar

IL: Rui Rocha critica Marcelo por conivência e diz que PSD é uma "oposição frouxa"

Lusa 07 de janeiro de 2023 às 17:30

Candidato liberal garante que sabe "as reformas de que o país necessita" e que tem "a coragem de as implementar, mantendo o partido e o país independentes de quaisquer interesses".

O candidato à liderança da IL Rui Rocha acusa o Presidente da República de ser "conivente com a degradação das instituições democráticas" e o PSD de "oposição frouxa", apostando na representação dos liberais nos parlamentos nacionais e europeu.

Bruno Colaço / SÁBADO

Estas são algumas das ideias plasmadas num capítulo sobre estratégia externa, a que a agência Lusa teve acesso, e que consta da moção global de estratégia com a qual o deputado e dirigente Rui Rocha se apresenta às eleições internas da IL de 21 e 22 de janeiro e que é esta tarde apresentada no Porto.

Estabelecendo como principal objetivo "tirar o PS do Governo e fazer crescer o liberalismo em Portugal", o candidato liberal garante que sabe "as reformas de que o país necessita" e que tem "a coragem de as implementar, mantendo o partido e o país independentes de quaisquer interesses".

"Infelizmente, não podemos dizer o mesmo de outros agentes políticos que devem ser importantes para a mudança do país. O Presidente da República tem sido conivente com a degradação das instituições democráticas e tem exercido este seu mandato comentando temas superficiais e não agindo nos temas essenciais", sustenta.

As críticas de Rui Rocha não ficam por aqui e são também dirigidas ao PSD, que acusa de ter perdido "a sua energia reformista" e de ter "aversão a muitas ideias liberais", representando "uma oposição frouxa ao PS, procurando ser simples alternância em vez de alternativa, competindo pelos lugares no Estado com o PS".

"CH, PCP e BE representam o fascínio pelo poder como ferramenta para esmagar aquilo de que desgostam, apelando aos sentimentos mais superficiais das pessoas e fomentando a divisão e conflitualidade social para ganharem votos. São partidos extremistas que pretendem usar o Estado para impor a sua visão de mundo", acrescenta.

Sobre os objetivos do partido para as três eleições que vão decorrer durante o mandato da comissão executiva liberal que sair convenção eleitoral, o candidato aponta a ambição de "ter representação liberal em todos os parlamentos (Madeira, Açores, Nacional e Europeu), rompendo com o bipartidarismo e percorrendo caminho rumo à meta de 15% desejada para as próximas eleições legislativas".

Assim, Rui Rocha fixa como meta um eurodeputado e dois deputados regionais em cada uma das regiões autónomas, ou seja, na Madeira e nos Açores.

"A Iniciativa Liberal estará preparada para eventuais atos eleitorais antecipados, quer nacionais quer autárquicos, bem como possíveis referendos", assegura.

Segundo a moção, "no caso de eleições legislativas antecipadas, a Iniciativa Liberal ambicionará aumentar o grupo parlamentar" -- atualmente com oito deputados -, elegendo pelo menos em Lisboa, Porto, Braga, Setúbal e também em Leiria e Aveiro".

"A Iniciativa Liberal apresenta-se, regra geral, a atos eleitorais sozinha, recusando coligações pré-eleitorais. Qualquer acordo pré-eleitoral deve ser validado pelos órgãos do partido mediante análise concreta, sobretudo em eventuais Eleições Autárquicas, em respeito pelos princípios do partido", antecipa.

Rui Rocha, Carla Castro e José Cardoso disputam a corrida à sucessão de João Cotrim Figueiredo.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela