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Idai: Fuzileiros localizam português que mais preocupava as autoridades

27 de março de 2019 às 12:25

As forças militares portuguesas e de proteção civil estão envolvidas em diversas atividades, entre as quais a distribuição de alimentos e purificação de água no distrito de Buzi, o mais alagado.

Os fuzileiros localizaram esta quarta-feira o cidadão português que, entre os incontactáveis após a passagem do ciclone Idai em Moçambique, inspirava maior preocupação às autoridades portuguesas, disse hoje à Lusa o secretário de Estado da Proteção Civil.

"A situação que merecia, desde o primeiro momento, preocupação alargada na listagem de incontactáveis era este português que acabou de ser descoberto pela nossa equipa de fuzileiros na zona de Buzi", disse José Artur Neves.

O membro doGovernoportuguês, que se encontra na Beira desde segunda-feira e deverá permanecer na cidade mais afetada pelocicloneaté final da semana, disse ter sido possível chegar à fala com este homem, de 70 anos.

"Era conhecido na embaixada, no consulado e na comunidade portuguesa. Estava incontactável e merecia preocupação por parte dos filhos que já se tinham dirigido várias vezes ao consulado", adiantou.

De acordo com José Artur Neves, o homem, registado no consulado português há vários anos, está bem.

"Este merecia de facto preocupação porque era conhecido e reconhecido pela comunidade", sublinhou.

A listagem de portugueses incontactáveis inclui agora cinco nomes, segundo o secretário de Estado.

"Neste momento são cinco que estão incontactáveis, mas que já estavam antes. Não são conhecidos da comunidade, nem sequer os seus nomes constam no consulado. São referencias de pessoas amigas, de familiares que têm dado nota de que essas pessoas poderão estar por cá, mas não há a certeza", disse.

O secretário de Estado da Proteção Civil está na região da Beira em contacto com a comunidade de 2.500 portugueses e a acompanhando as forças operacionais ali deslocadas, compostas por 110 elementos.

A passagem dociclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez pelo menos 786 mortos e afetou 2,9 milhões de pessoas, segundo dados das agências das Nações Unidas.

Moçambique foi o país mais afetado, registando até ao momento 468 mortos e 1.522 feridos, segundo as autoridades moçambicanas, que dão ainda conta de mais de 135 mil pessoas a viverem atualmente em centros de acolhimento, sobretudo na região da Beira.

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