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Estátua de Lenine em Donetsk escapa ilesa de explosão

27 de janeiro de 2016 às 17:06

Um grupo de elementos não identificados tentou fazer explodir uma estátua do antigo líder soviético localizada na principal praça de Donetsk, reduto dos rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia

Um grupo de elementos não identificados tentou fazer explodir uma estátua do antigo líder soviético Lenine localizada na principal praça de Donetsk, reduto dos rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia, anunciaram hoje as autoridades daquela república auto-proclamada.

A estátua não ficou danificada pela explosão que ocorreu na noite de terça para quarta-feira, segundo constatou no local uma jornalista da agência francesa AFP.

Esta tentativa de destruir o monumento, um dos mais conhecidos da capital rebelde, provocou a ira dos responsáveis separatistas.

"Segundo as informações de que dispomos, os explosivos foram colocados por um grupo terrorista que já cometeu outros crimes em Donetsk. Aparentemente, estão aqui organizados, têm uma grande rede", disse, em declarações à AFP, Edouard Bassourine, um alto responsável da república auto-proclamada de Donetsk.

Várias estátuas de Lenine foram retiradas da Ucrânia ao longo dos últimos meses, medida que suscitou a indignação dos rebeldes separatistas pró-russos.


Em Maio último, o Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko (na foto acima), promulgou novas leis que proíbem símbolos soviéticos e propaganda da era comunista naquele país.

Ao abrigo destas novas leis, todos os monumentos dedicados aos antigos líderes soviéticos devem ser retirados do território ucraniano e todas referências ao regime comunista em localidades, ruas ou empresas devem ser alteradas.

Estas leis pretendem romper definitivamente com o passado soviético da Ucrânia. Moscovo e Kiev estão envolvidos numa crise sem precedentes, desde que as forças pró-ocidentais chegaram ao poder na Ucrânia no início de 2014.

A situação entre os dois países agravou-se com a anexação russa da península da Crimeia, concretizada após um referendo fortemente contestado, e com o conflito com os separatistas pró-russos, grande parte nostálgicos da época da antiga União Soviética, na região leste da Ucrânia.

O conflito, o mais sangrento na Europa desde a guerra dos Balcãs na década de 1990, já fez cerca de 9.000 mortos desde Abril de 2014.

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