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Climáximo faz apelo a protesto para "perturbar os voos" no aeroporto de Lisboa

Lusa 28 de janeiro de 2025 às 08:31

"De forma pacífica e criativa, irão perturbar o horário de pico dos voos, expondo a fragilidade de um sistema homicida que depende da queima de combustíveis fósseis para funcionar", lê-se num comunicado.

O movimento ambientalista Climáximo anunciou esta segunda-feira um protesto que terminará no aeroporto de Lisboa a 1 de junho com o objetivo de procurar "perturbar os voos" de "forma pacífica".

A "ação terá início na Alameda, de onde os participantes seguirão de transportes públicos até ao aeroporto de Lisboa", onde, "de forma pacífica e criativa, irão perturbar o horário de pico dos voos, expondo a fragilidade de um sistema homicida que depende da queima de combustíveis fósseis para funcionar", avança a Climáximo.

Segundo Inês Teles, porta-voz do Climáximo, "os governos e as empresas recusam-se a mudar de rumo, mas o passado prova que, em conjunto, é possível travar forças aparentemente intocáveis".

"Juntos, temos o poder de desmantelar o sistema fóssil e construir uma sociedade mais enraizada, justa e sustentável", afirmou, em comunicado, a dirigente, considerando que o objetivo deste protesto é demonstrar a força dos cidadãos.

Com aquilo que classifica como "assentada popular", o Climáximo quer "interromper o funcionamento normal do aeroporto de Lisboa e exigir o cancelamento imediato de novos projetos emissores, como a expansão aeroportuária e o novo aeroporto" da capital.

Em contrapartida, o movimento exige "a criação de transportes públicos eletrificados, gratuitos e acessíveis para todas as pessoas".

Para o Climáximo, o aeroporto Humberto Delgado "é a infraestrutura mais poluente do país e um espelho da turistificação que tem tornado a cidade inabitável".

"Enquanto à nossa volta o colapso se torna cada vez mais palpável, com cheias, ciclones e incêndios a assemelhar-se a cenários de filmes de terror, o Governo português dá luz verde à expansão aeroportuária, garantindo lucros para empresas fósseis à custa da morte e miséria de milhões de pessoas", acusa Inês Teles.

Para a dirigente não é possível "aceitar este plano suicida" e é necessário "agir para parar a aviação e a indústria fóssil e construir um futuro em que todas as pessoas possam viver com dignidade".

Em contrapartida, o Climáximo "propõe um plano para o desmantelamento da aviação comercial, militar e de mercadorias, defendendo a eliminação imediata de voos de curta distância, como Lisboa-Porto, e de jatos privados, considerados supérfluos e desnecessários".

O movimento apela também "à criação de alternativas justas e limpas, como a expansão da ferrovia e transportes públicos gratuitos e eletrificados para todas as pessoas".

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