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CGD: Faria de Oliveira culpa "crise" pela situação da banca

24 de janeiro de 2017 às 17:38

Faria de Oliveira considerou ainda que o banco público tem sido servido por "grandes profissionais", pelo que espera que se eliminem as dúvidas sobre a qualidade da gestão da entidade

O antigo presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) Fernando Faria de Oliveira defendeu, esta terça-feira, que a "forte crise económica", que marcou o período da intervenção da "troika" em Portugal, é a grande responsável pela situação actual da banca.

 

"Por mais diagnósticos que possamos fazer ou responsabilidades que se queira apurar, não há rigorosamente nada que se aproxime sequer ou tenha um impacto tão importante como a forte crise económica que se faz sentir", afirmou Faria de Oliveira durante a audição na comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD.

 

O actual líder da Associação Portuguesa de Bancos (APB), que liderou o banco público entre 2008 e 2011, tendo depois assumido o cargo de chairman (presidente do conselho de administração) até 2013, salientou que a crise económica "provocou um enorme aumento da taxa de incumprimento do crédito das empresas aos bancos", que é hoje oito vezes superior à existente em 2008. "O violento e prolongado período recessivo por que passámos desde o pedido de ajuda externa, com o PIB a cair mais de 7% só entre 2010 e 2013" foi, na sua opinião, "o primeiro e principal responsável pela actual situação do sector".

 

Faria de Oliveira considerou ainda que o banco público tem sido servido por "grandes profissionais", pelo que espera que se eliminem as dúvidas sobre a qualidade da gestão da entidade. "Importa que se aproveitem os trabalhos desta comissão de inquérito para eliminar quaisquer dúvidas não só sobre a capacidade da CGD para continuar a cumprir as suas missões, mas também sobre a qualidade da gestão da instituição", afirmou o gestor no Parlamento. Segundo Faria de Oliveira, a CGD "foi servida ao longo dos anos por grandes profissionais, quer a nível do seu Conselho de Administração, quer da alta direcção e restantes quadros e colaboradores".

 

E reforçou: "É fundamental que a banca não seja sistematicamente posta em causa. E que o trabalho de escrutínio que está a ser realizado pelo parlamento contribua para uma Caixa mais forte".

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