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Cavaco: Economia "não será significativamente afectada"

29 de junho de 2015 às 17:33

O Presidente manifestou vontade de que os gregos possam usufruir do Euro "em pleno direito". Saída poderá causar um "contágio negativo"

O Presidente da República português disse hoje esperar que os "gregos acabem por regressar à mesa das negociações", considerando que tal será benéfico para a Europa e que um incidente financeiro grego não afectará significativamente o crescimento económico português.

 

"Eu espero bem que os gregos acabem por regressar à mesa das negociações. É meu convencimento de que isso será benéfico para a Europa no seu conjunto, também para Portugal e para a Irlanda, e será benéfico para a Grécia. Há muito tempo que pensava que pela forma como os negociadores gregos estavam a actuar as coisas iam acabar mal. Mas eu formulo votos para que a Grécia volte à mesa das negociações e continue a ser um país do Euro em pleno direito", disse Aníbal Cavaco Silva aos jornalistas em Paços de Ferreira, à margem da quinta jornada do roteiro para uma Economia Dinâmica.

 

Na opinião de Cavaco Silva "algum contágio ocorrerá a toda a zona do Euro, não apenas a Portugal, mas neste momento a União Monetária tem instrumentos que permitem enfrentar um incidente financeiro grego muito melhor do que aquilo que aconteceria há dois anos", acreditando que "o crescimento económico português não será significativamente afectado".

 

"Gostaria que houvesse um entendimento. Acreditar é coisa diferente", respondeu.

 

O Presidente da República foi peremptório: "o regresso da Grécia, aceitando as condições que foram colocadas sobre a mesa e que pressuponho que tiveram em conta os pedidos que as autoridades gregas formularam, era a melhor solução para a União Económica e Monetária".

 

"Eu penso que todos podem sofrer algum contágio negativo, mas a minha convicção e com os elementos que disponho é que é possível conter esses efeitos negativos. Penso que Portugal está numa situação semelhante à Irlanda, à Espanha e à Itália", defendeu.

 

Para o chefe de Estado, "em matéria de contágios não há diferenças entre nenhum destes países", considerando que se as instituições utilizarem os instrumentos que têm à sua disposição, "os efeitos podem ser minorados".

 

"Quanto àquilo que está a acontecer hoje, as bolsas estão a cair dentro das previsões, as taxas de juros das obrigações a 10 anos estão a subir mas menos do que aquilo que era esperado", ressalvou.

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