Campeões da Europa "estreiam-se" em Portugal com goleada

 

Sem o capitão Cristiano Ronaldo, ainda a recuperar da lesão contraída na final do Euro 2016, os campeões europeus dominaram o ensaio do princípio ao fim, e depois dos golos inaugurais de Nani (27 e 55 minutos), arrancou para uma goleada com os tentos de João Cancelo (73), Bernardo Silva (76) e Pepe (79).

 

Uma noite para os jovens João Cancelo, jogador do Valência, e André Silva, do FC Porto, recordarem como a sua estreia ao serviço da selecção A, e também para Bernardo Silva, que apontou o seu primeiro golo na principal equipa nacional.

 

Naquele que foi o primeiro desafio dos lusos com o escudo de campeão europeu nas camisolas, o seleccionador, Fernando Santos, operou seis alterações em relação ao "onze" inicial utilizado na histórica final do Euro 2016, em Junho, em Paris.

 

Saíram Rui Patrício, Cédric, José Fonte, Adrien Silva, Renato Sanches e Cristiano Ronaldo, e entraram Eduardo, Bruno Alves, João Moutinho, Ricardo Quaresma, Éder e o estreante João Cancelo, jovem jogador do Valência.

 

Apesar da mexida em mais de metade da equipa, Portugal não sentiu dificuldade em assumir o controlo do desafio desde os instantes iniciais, com Éder, Quaresma e Nani a serem lestos a criar as primeiras oportunidades de perigo.

 

Autor do golo do título europeu, Éder revelou-se, nos primeiros minutos, o mais batalhador entre a cerrada defensiva do Gibraltar, mas apesar do esforço esteve sem a pontaria 'calibrada', permitindo que o nulo se arrastasse.

 

A formação de Gibraltar praticamente limitava-se a defender, precipitando que toda a ação de jogo se passasse junto da sua área, onde Portugal colocava, sem dificuldade, todos os jogadores, à excepção do guarda-redes Eduardo.

 

Com tão acentuada pressão sobre o adversário, o primeiro golo dos lusos até pecou por tardio, surgindo aos 27 minutos, num fulgurante remate de Nani, após assistência de Bruno Alves.

 

O tento inaugural não fez os comandados de Fernando Santos tirarem o "pé do acelerador", que, perante a falta de vocação ofensiva do adversário, mantinham Gibraltar "encostado às cordas".

 

Éder continuava a querer retribuir, com um golo, a forte ovação que o público do Bessa lhe brindou no início do desafio, mas ora pelas intervenções do guarda-redes contrário, ora pelos ferros da baliza, os festejos do herói de Paris não surgiram.

 

No regresso do descanso, Fernando Santos renovou a equipa e, além de promover uma outra estreia na Selecção A, com a aposta no ponta-de-lança André Silva, tentou imprimir mais velocidade na intermediária lançado Bernardo Silva e Adrien Silva.

 

Coincidência, ou não, Portugal entrou mais ritmado para segunda metade, e Nani, já depois de no primeiro minuto do rematado por cima com a baliza à mercê, acabou por "bisar", aos 55 minutos, num golpe de cabeça após cruzamento de Bernardo Silva.

 

O segundo tento aguçou ainda mais o "apetite" do público, que das bancadas pedia mais golos, mas, apesar do domínio avassalador, os portugueses sentiam dificuldade em abrir brechas coesa defensiva de Gibraltar.

 

Aproveitando um abrandamento no ritmo da equipa nacional, a formação mediterrânica ainda conseguiu, aos 72 minutos, arrancar alguns aplausos, protagonizando o seu único remate do jogo, por Yomes, que atirou lado.

 

A resposta de Portugal ao atrevimento contrário foi letal. Na jogada seguinte, os dois estreantes construíram o 3-0, aos 73 minutos, com André Silva a servir o remate indefensável de João Cancelo.

 

A resistência de Gibraltar já se tinha esvaído, permitindo aos portugueses dar tons de goleada à vitória, com Bernardo Silva, aos 75, a estrear-se a marcar pela selecção, e Pepe, aos 79, a assinar o 5-0 final, de cabeça.

 

Devido a uma lesão de André Gomes, que tinha entrado na segunda parte, Portugal acabou o jogo apenas com 10 unidades.

 

Na próxima terça-feira, os pupilos de Fernando Santos voltam à acção, frente à Suíça, em Basileia, no primeiro desafio do grupo B de apuramento para o Mundial de 2018

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