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Calor: Canícula na Europa com incêndios, poluição e relógios derretidos

07 de agosto de 2018 às 16:19

Parte da Europa continua esta terça-feira sob os efeitos de uma onda de calor, acompanhada de um aumento da poluição do ozono.

Parte da Europa continua esta terça-feira sob os efeitos da onda de calor, que fizeram um relógio derreter na catedral de Utrecht, na Holanda, agravaram a poluição do ozono em França, mantendo dois grandes fogos florestais em Portugal e Espanha.

Portugal respirou esta segunda-feira um pouco melhor, depois terem sido atingido máximos históricos em várias estações meteorológicas, nomeadamente em Lisboa, que no sábado chegou aos 44º, e ultrapassou as 45º em vários locais do país.

A temperatura mais elevada registada até às 17:00 de sábado foi 46,8 graus em Alvega, a que se seguiram: Santarém/F. Boa (46,3°), Alcácer do Sal (46,2°), Coruche e Alvalade do Sado (46,1°), Pegões (46,0º), Neves Corvo (45,8°), Setúbal (45,5°), Évora e Tomar (45,4°), Reguengos e Amareleja (45,3°), Avis, Viana do Alentejo e Portel (45,2°) e Mora (45,1°).

Esta segunda-feira, Jorge Botelho, presidente da Comissão de Protecção Civil de Faro, referiu que tinham ardido entre 15 e 20 mil hectares", obrigando à evacuação de várias localidades.

As chamas atingiram, além do concelho de Monchique, o de Silves (também em Faro) e o de Odemira (Beja).

Do outro lado da fronteira, os bombeiros espanhóis conseguiram assumir o controle de um incêndio que começou no domingo em Almonaster la Real, na província de Huelva, Andaluzia, numa região de pinheiros e eucaliptos.

De acordo com os bombeiros, a situação "moveu-se na direcção certa graças à falta de vento", tendo o fogo sido combatido por 12 meios aéreos.

As temperaturas em Espanha permanecem, igualmente, altas, especialmente no sudoeste, onde os termómetros rondaram 40-42º graus, não contando que as noites sejam mais frescas, já que à meia-noite na cidade de Zorita (sudoeste) os termómetros marcavam 35,1º.

Os ponteiros do relógio da torre sineira da majestosa catedral de Utrecht, no centro da Holanda, cederam sob as temperaturas e não giram desde as 11:23 de sexta-feira.

Os metais do interior do relógio derreteram, bloqueando as rodas provenientes do ano de 1857. O relógio foi hoje consertado sob um calor tórrido.

A Bélgica também conheceu domingo o seu "51º dia de verão", durante o qual a temperatura máxima passou os 25º, o recorde remonta a 1947, com 66 dias de verão. Hoje, as máximas previstas davam entre 31 e 32º no litoral e cerca de 36º em Campine, no nordeste.

Em França, as temperaturas mais elevadas eram esperadas para hoje e terça-feira, com 37º previstos para a cidade de Bordeaux e 36º em Paris e Lyon.

Estas temperaturas elevadas são acompanhadas de um aumento da poluição do ozono sobretudo na região parisiense, no sul e este, tendo sido impostas restrições à circulação automóvel.

Um supermercado de Helsínquia chegou mesmo a oferecer aos seus clientes asilo climático, autorizando os clientes a dormir nos seus locais climatizados durante o fim-de-semana.

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