Bosch atraiu mais de 500 mil visitantes ao Museu do Prado
A obra de Portugal, Tentações de Santo Antão, estava patente na mostra. Em troca Espanha cedeu o auto-retrato do artista
A exposição dedicada ao mestre flamengo Hieronymus Bosch (1450-1516), que encerrou domingo no Museu do Prado, em Madrid, onde estava incluída a obra de PortugalTentações de Santo Antão, recebeu cerca de 590 mil visitantes.
Contactada pela agência Lusa, fonte do departamento de comunicação do museu indicou que a exposição - que esteve patente durante quatro meses - recebeu um total de 589.692 visitantes, com uma afluência semanal média de 34.688 pessoas, e de 5 mil por dia.
El Bosco: La exposición del V centenário, organizada para assinalar os 500 anos da morte do artista, reuniu 75 por cento da produção do pintor, ou a ele atribuída, com muitas das suas obras-primas, nomeadamenteO Jardim das delícias terrenas.
Entre outras, foram mostradasCristo a caminho do Calvário(Espanha),Coroação de espinhos(Reino Unido), ou o desenhoO Homem-Árvore(Áustria), obras que revelam figuras simbólicas, complexas e caricaturais que marcam o seu estilo.
Tentações de Santo Antão, a obra mais importante da colecção de pintura europeia do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, foi incluída no conjunto exposto das obras de Bosch, e, em troca, o Prado cedeu ao museu português o auto-retrato do artista alemão Albrecht Dürer (1471-1528).
Este retrato a óleo sobre madeira, criado em 1498, pode ainda ser visto até hoje no MNAA, onde se encontra exposto desde Maio.
Nascido em Nuremberga, em 1471, Albrecht Dürer era filho de um ourives de origem húngara e os seus retratos a óleo encontram-se dispersos por museus como o Louvre de Paris, de 1493, e a Alte Pinakothek de Munique, datado de 1500.
Nesta obra, Dürer representou-se aos 27 anos de idade, em pose elegante a três quartos, ligeiramente apoiado no parapeito de uma janela aberta sobre um vale, recortado no sopé de uma cordilheira de cumes nevados.
Além das pinturas, Albrecht Dürer deixou longos apontamentos autobiográficos escritos ao longo da vida oferecem, segundo os especialistas, uma das mais completas imagens de um artista do Renascimento europeu.
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