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Associação Zero quer medidas para antecipar neutralidade climática para 2045

04 de junho de 2022 às 10:56

Associação identifica quatro grandes áreas para as quais desafia o Governo com objetivos a atingir na presente legislatura.

A associação ambientalista Zero defendeu hoje medidas no terreno para que seja possível antecipar a neutralidade climática de Portugal para 2045 "ou, preferencialmente, para 2040".

O Governo deve efetuar "o quanto antes os estudos que se espera que perspetivem uma antecipação da neutralidade climática para 2045 ou, preferencialmente, para 2040", afirma a Zero, num comunicado em que assinala o Dia Mundial do Ambiente, que é comemorado no domingo, e em que identifica quatro grandes áreas para as quais desafia o Governo com objetivos a atingir na presente legislatura.

Na vertente do clima e energia, a Zero defende a aplicação das medidas necessárias "para tornar realidade a antecipação da neutralidade climática em Portugal".

Nesse sentido, "tendo em conta a necessidade de antecipação de políticas" que conduzam a uma maior independência energética, aquela associação ambientalista considera "que é possível atingir 100% de eletricidade de fontes renováveis até 2035".

Para assegurar estes compromissos, a Zero sublinha que também "é fundamental assegurar a implementação da estratégia de combate à pobreza energética e estruturar os investimentos em eficiência energética de forma a garantir que quem deles beneficia é mesmo quem mais necessita".

Já na área do bem-estar, a instituição propõe um Orçamento do Estado que promova "a economia do bem-estar", que permita potenciar "uma atividade económica que maximiza os impactos positivos e minimiza os impactos negativos, sempre com respeito pelos limites do planeta".

Na natureza, a Zero nota que a Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade para 2030, publicada em 2018, não teve, até ao momento, "grandes avanços", exigindo a sua implementação "sem mais demoras".

Concretizar um programa de transformação da paisagem nos territórios mais vulneráveis e uma revisão do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum para favorecer sistemas alimentares sustentáveis são outras das propostas nesta área.

Já no que diz respeito ao consumo de recursos e água, a associação considera que é importante implementar medidas que reduzam a produção resíduos urbanos em 7% e cumprir a meta de 55% de preparação para reutilização e reciclagem, "sendo para tal fundamental colocar o sistema de depósito com retorno de embalagens descartáveis a funcionar com urgência e promover a recolha de biorresíduos de forma eficaz".

A Zero defende ainda a necessidade de se garantir a eficiência dos sistemas de abastecimento de água e a reutilizar as águas residuais tratadas, considerando que, no caso do uso agrícola da água, é preciso "assegurar que a gestão de áreas irrigadas acautela as necessidades de segurança hídrica, nomeadamente nos territórios do Alentejo e do Algarve".

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