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António Costa critica criação de lugares para membros do Governo

02 de julho de 2015 às 16:54

O líder socialista classificou o desinvestimento na saúde e nas infra-estruturas portuárias como "pecados capitais"

O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou hoje que as "contratações públicas para servir as campanhas eleitorais do PSD e CDS são lamentáveis" e contrastam com os "pecados capitais" do desinvestimento na saúde e no porto de Sines.

 

"A forma como tem estado a ser gerida a abertura e encerramento da rede diplomática, para criar lugares para os membros dos gabinetes do senhor primeiro-ministro, do ministro dos Negócios Estrangeiros e de outros membros do Governo, a forma como se tem estado a recorrer a contratações públicas, para servir as campanhas eleitorais do PSD e do CDS, é algo absolutamente lamentável", disse.

 

"E sobretudo contrasta com estes pecados capitais que temos estado a ver. O desinvestimento que foi feito na saúde prejudica os cidadãos - e não prejudica só os cidadãos que não têm recursos para utilizar outro tipo de serviços -, penaliza também a classe média, que não só financia os serviços através dos seus impostos, como depois se vê muitas vezes forçada a recorrer a serviços privados, pagando duplamente aquilo que já estava pago pelos seus impostos", acrescentou António Costa, que disse ainda compreender o "nervosismo" do Governo face à proximidade das eleições legislativas.

 

O líder socialista, que falava aos jornalistas depois de uma visita ao Hospital do Litoral Alentejano e ao porto de Sines, criticou também o alegado "desinvestimento" na infra-estrutura portuária, lamentando que o Governo tivesse "desaproveitado as oportunidades do plano Juncker, do programa de conexão da Europa, do programa Portugal 2020, para fazer uma ligação ferroviária de qualidade parta as mercadorias, de Sines para Madrid".

 

A visita de António Costa ao Hospital do Litoral Alentejano e ao porto de Sines foi a primeira de um conjunto de iniciativas para denunciar o que o PSD considera serem os "sete pecados capitais" dos últimos "quatro anos de governação da direita" e as "mentiras [da actual maioria] na campanha para as eleições legislativas de 2001".

 

Durante o roteiro, que inclui visitas a instituições do distrito de Setúbal até sexta-feira, o líder socialista propõe-se ouvir as preocupações dos cidadãos, antes do debate sobre o Estado da Nação, que marca o fim da legislatura. 

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