A vida de Ayrton Senna que ficou de fora da série da Netflix
Minissérie menciona três relacionamentos: Xuxa, Galisteu e Lilian Vasconcelos, e deixa de fora a sua relação, praticamente secreta, com Adriane Yamin. Os fãs têm reclamado da falta de representação de Adriane Galisteu, por aparentes desentendimentos com a família Senna.
Desde a passada sexta-feira, 29,Sennatem estado notopdas séries mais vistas da Netflix. A minissérie de seis episódios conta a vida e carreira de Ayrton Senna, tricampeão de Fórmula 1, quemorreu a competir. No entanto, os fãs têm apontado que existiram várias partes que ficaram de fora.
No campo amoroso, Senna menciona três relacionamentos: Xuxa, Adriane Galisteu e Lilian Vasconcelos, a única com quem se casou. De fora ficou a sua relação, praticamente secreta, com Adriane Yamin, possivelmente porque na altura em que o casal de apaixonou, em 1984, Senna tinha 24 anos e Adriane apenas 15.
Os dois conheciam-se do bairro de Santana, em São Paulo, onde ambos cresceram, e mantiveram uma relação durante quatro anos. No livro Minha Garota, publicado em 2019, Adriane Yamin conta a história da relação, que era baseada em algumas regras ditadas pela sua família. Não podiam, por exemplo, ter relações sexuais até Adriane completar 18 anos e a adolescente não costumava aparecer com Senna em público. No livro, a brasileira revela ainda que acredita que teriam voltado a relacionar-se se o piloto não tivesse morrido em 1994.
Também a história da relação de Adriane Galisteu e Senna parece não estar bem contada. A apresentadora era a namorado do piloto antes da sua morte e a série reserva apenas dois minutos e 34 segundos para a vida do casal, o que tem gerado polémica. Em causa estará um desentendimento entre a família Senna e Adriane Galisteu. Segundo os meios de comunicação brasileiros, a falta de representação deve-se mesmo a um pedido que a irmã do piloto, Viviane Senna, fez à produção da Netflix para que não incluísse a relação na série.
A má relação entre a família e apresentadora tornou-se pública em 1994 quando Viviane, numa entrevista à revista francesa Paris Match, referiu que Adriane Galisteu tinha usado a morte do irmão para se promover, isto porque deu uma entrevista à Playboy e lançou um livro sobre o seu relacionamento com o tricampeão de Fórmula 1.
"Se ela precisa de dinheiros, deveria trabalhar, como todo o mundo, e parar de explorar a imagem de um morto. Não posso evocar os problemas que essa moça causou à nossa família e que determinaram a nossa posição. Pois, se o fizesse, estaria a expor certos aspetos da vida privada de Adriane e não tenho esse direito", afirmou Viviane em 1994.
Passados trinta anos, e depois da minissérie ser lançada, Adriane Galisteu respondeu e agradeceu o carinho dos fãs que se têm demonstrado insatisfeitos nas redes sociais com a sua falta de representação. "Todas as homenagens, sejam em forma de livro, filme, DVD, série, minissérie que dizem respeito ao Ayrton são maravilhosas, merecidas e muito, mas muito bem feitas", referiu no Instagram antes de referir: "Vivi essa história. Estou falando para vocês não o que ouvi, não o que vi, mas sim o que senti, o que vivi. Gente, o que está acontecendo agora é a vida como ela é. É a vida como ela sempre foi, pelo menos para mim. A única novidade é que talvez esteja considerando a possibilidade de contar pela primeira vez esse último ano e meio da minha vida ao lado dele".
Nas redes sociais alguns fãs denunciaram que a produção fez até reinterpretações de momentos da vida do casal, como se tivessem sido vividos com apresentadora e cantora Xuxa. Entre eles encontra-se a famosa fotografia onde o casal aparece a andar de mota.
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