Os dois irmãos foram condenados a 10 e 16 anos de prisão por adesão a organização terrorista e crimes de guerra. Ministério Público tinha pedido pena perto da máxima e os irmãos, a absolvição.
O Ministério Público tinha pedido pena de prisão "perto de máxima". "Estamos a julgar pessoas que fizeram mal a outras pessoas", sublinhou a juíza.
Os irmãos Ameen vão ser julgados por alegados crimes cometidos no Iraque entre 2014 e 2016. De acordo com o MP pertenciam à polícia da moralidade do Estado Islâmico, em Mossul.
Vítor Carreto, o advogado dos irmãos Yasir e Ammar Ameen, que tinha pedido a abertura da instrução abandonou a sessão em protesto. Irmãos estão indiciados por crimes de guerra e adesão a organização terrorista. Sabem a 21 de dezembro se vão a julgamento.
Esta é a história dos seus dias de terror no Iraque ao serviço do Estado Islâmico, da viagem para Portugal, de como foram descobertos e de como foram acusados pelo Ministério Público de crimes de guerra e terrorismo – e de como um deles usou a alegada homossexualidade para se defender.
De acordo com o MP, Ammar e Yasir Ameen pertenciam à polícia da moralidade do Estado Islâmico, em Mossul e cometeram inúmeros crimes entre 2014 e 2016. Pela primeira vez serão julgados em Portugal crimes de guerra cometidos no Iraque.
Os irmãos Ameen foram proibidos pela Relação de comunicar a partir da cadeia depois de uma testemunha que os identificou como membros do Estado Islâmico ter sido ameaçada no Iraque.
Um dos irmãos detidos pela PJ por suspeitas de pertencerem à hisba, a polícia da moralidade do Estado Islâmico, ameaçou inspetores do SEF com martírio. SIS fez relatórios sobre Ammar A. e Yasir A.
Yasir A. e Ammar A. faziam parte da hisbah, a polícia da moralidade do grupo terrorista, num bairro de Mosul. Detidos na quarta-feira, foram colocados em prisão preventiva.
Os dois suspeitos estavam a ser monitorizados desde que entraram em Portugal para pedir asilo. Investigação contou com o apoio do SEF e das autoridades judiciárias do Iraque.
