O diretor do Serviço de Urgência já se tinha demitido em 2022, mas foi convencido a voltar. "Como é que se dirige um serviço que não tem gente?", questiona FNAM. Administração acabou por também abandonar funções.
A autarquia recusou mostrar à SÁBADO as faturas dos almoços dos membros do executivo, para que a revista pudesse escrutinar quem estava presente e o que se gastou. Perdeu a primeira ação em tribunal, recorreu e voltou a perder. Os documentos mostram como durante 10 anos o vice-presidente, hoje ministro das Infraestruturas e Habitação, faturou à autarquia dezenas de refeições com personalidades ligadas ao PSD numa altura em que foi dirigente e candidato à liderança do partido.
"Essas projeções são manifestamente exageradas", considera Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos.
Sindicato adianta que anunciar "à última da hora" a abertura de um conjunto "muito alargado" de centros de saúde a funcionar ao fim de semana e feriado em horário complementar dá origem a constrangimentos, porque muitas das unidades "não têm médicos para dar essa resposta".
Ligue primeiro para a Linha SNS 24, siga as recomendações e, se tiver mesmo de ir ao hospital, prepare-se: as esperas são cada vez mais longas e as equipas estão sobrecarregadas. A SÁBADO falou com quatro peritos sobre o que aí vem, a preocupação é generalizada.
Subidas serão aplicadas a todos os médicos, garantiu o Ministério da Saúde quando foi anunciado o acordo. SIM tinha entendimento diverso, mas Fnam veio reafirmar intenção do Governo.
"Passámos de 30% para 15%. Estamos em metade. Parece-me muito difícil entrarmos aqui num sistema de feira", criticou Jorge Roque da Cunha.
"As escolhas para as especialidades terminaram e, dos 2.330 candidatos, houve 501 que decidiram não escolher qualquer vaga, tendo sobrado 419 vagas", adiantou o SIM.
Governo propôs aumento do valor pago à hora, mas ainda está longe do aumento de 15% proposto pelo sindicato dos médicos.
Dirigentes propõem 15% de aumento salarial para todos os médicos em 2024, valor intermédio entre o proposto pelo Governo e o reivindicado.
Processo negocial com médicos fica suspenso devido à demissão de António Costa.
Salários continuam a dividir sindicatos e Governo. A próxima reunião irá dar-se na quarta-feira, 8 de novembro.
Até ao momento, foram contabilizados 19 serviços em que 100% dos médicos pediram escusa.
A motivação dos médicos é cada vez menor devido à postura de Manuel Pizarro, aponta porta-voz.
Negociações devem ter "balizas muito claras" que reconheçam o papel destes profissionais sem introduzir "novos fatores de desequilíbrio", defendeu Manuel Pizarro.
Médicos e Governo ainda não chegaram a acordo quanto ao aumento salarial e a diminuição do horário de trabalho.
