Programa E-Lar para substituição de equipamentos a gás esgotado
O E-Lar destina-se a melhorar o conforto térmico das habitações e apoiar famílias na compra de equipamentos eficientes e na eletrificação de consumos de energia.
O E-Lar destina-se a melhorar o conforto térmico das habitações e apoiar famílias na compra de equipamentos eficientes e na eletrificação de consumos de energia.
Ministério do Ambiente anunciou que o período de submissão de candidaturas ao programa de troca de eletrodomésticos está encerrado, uma vez que a verba de 30 milhões ficou esgotada.
Programa que apoia a compra de eletrodomésticos mais eficientes arranca esta terça-feira. Tem 40 milhões de euros disponíveis — 30 milhões do PRR e 10 milhões do Fundo Ambiental. Famílias vulneráveis recebem até 1.683 euros e as restantes até 1.100 euros, mas suportam o IVA.
A associação Zero alerta que é preciso preparar Portugal para a adaptação a um clima mais quente, principalmente no que respeita às ondas de calor e à preparação das habitações "com prioridade para o isolamento, mas também com instalação de equipamentos de refrigeração".
A Zero pede a "revisão das prioridades nos transportes e mais verbas para uma efetiva redução de emissões", considerando "positivo não se financiar projetos associados a combustíveis fósseis".
O que se passa é que a estirpe predominante até agora não circulava desde antes da pandemia. Isso justifica a existência de tantos casos, sobretudo em crianças mais novas.
O inquérito assinala também uma relação entre a época de construção da habitação e o desconforto térmico, mais presente nas casas mais antigas (anteriores a 1960).
A escassez de rendimentos familiares, condições habitacionais precárias r desigualdades no acesso à educação são apontadas como causas do problema.
Relatório da OCDE descreve Portugal como um país triste e o primeiro na preocupação. Contudo, é onde os estudantes de 15 anos menos passam fome.
Esta é uma das faces invisíveis da crise da habitação: além da escassez de casas, muitas das que estão disponíveis não são eficientes energeticamente, forçando muitas famílias a enfrentar condições precárias e a escolher entre aquecer as suas casas ou suprir outras necessidades básicas, como alimentação ou saúde.
As percentagens mais elevadas de pessoas incapazes de manter a sua casa adequadamente aquecida foram, no ano passado, registadas em Portugal e Espanha, ambos os países com 20,8%, seguidos pela Bulgária (20,7%) e pela Lituânia (20,0%)
Com o objetivo de zero emissões de gases com efeito de estufa até 2050, em que ponto está Portugal nas metas ambientais europeias? Na gestão de resíduos sólidos, uso do carro e pressão sobre o território, o atraso é considerável
Os dados não enganam: Portugal tem um problema com a eficiência energética dos edifícios, na sua maioria antigos e ineficientes.
A crise climática não é uma questão partidária. À semelhança das crises da habitação e da saúde que vivemos no nosso país, esta representa um problema central.
A renda mediana dos novos contratos de arrendamento em Lisboa atingiu 15,79€/m2 no 3º trimestre de 2023 (INE). Ora, se consideramos uma casa de 60m2 (um luxo, eu sei), a renda corresponde a quase 950€.
O combate à pobreza energética é indissociável da resposta à urgência climática que atravessamos, desde logo porque os dois fenómenos comungam de várias causas – a desigualdade social, a tirania da indústria fóssil e a mercantilização das necessidades básicas inerentes à dignidade humana.