Governo cria novo instrumento para apoiar eficiência energética sob a forma de empréstimo
Novo instrumento financeiro apoia famílias, IPSS, municípios e cooperativas de habitação na melhoria do desempenho energético das habitações.
Novo instrumento financeiro apoia famílias, IPSS, municípios e cooperativas de habitação na melhoria do desempenho energético das habitações.
Até 27 de outubro, 21.664 famílias viram aprovadas as suas candidaturas ao apoio para eletrodomésticos eficientes. Mais de 3.200 já utilizaram o voucher.
O E-Lar destina-se a melhorar o conforto térmico das habitações e apoiar famílias na compra de equipamentos eficientes e na eletrificação de consumos de energia.
Ministério do Ambiente anunciou que o período de submissão de candidaturas ao programa de troca de eletrodomésticos está encerrado, uma vez que a verba de 30 milhões ficou esgotada.
Programa que apoia a compra de eletrodomésticos mais eficientes arranca esta terça-feira. Tem 40 milhões de euros disponíveis — 30 milhões do PRR e 10 milhões do Fundo Ambiental. Famílias vulneráveis recebem até 1.683 euros e as restantes até 1.100 euros, mas suportam o IVA.
A associação Zero alerta que é preciso preparar Portugal para a adaptação a um clima mais quente, principalmente no que respeita às ondas de calor e à preparação das habitações "com prioridade para o isolamento, mas também com instalação de equipamentos de refrigeração".
A Zero pede a "revisão das prioridades nos transportes e mais verbas para uma efetiva redução de emissões", considerando "positivo não se financiar projetos associados a combustíveis fósseis".
O que se passa é que a estirpe predominante até agora não circulava desde antes da pandemia. Isso justifica a existência de tantos casos, sobretudo em crianças mais novas.
O inquérito assinala também uma relação entre a época de construção da habitação e o desconforto térmico, mais presente nas casas mais antigas (anteriores a 1960).
A escassez de rendimentos familiares, condições habitacionais precárias r desigualdades no acesso à educação são apontadas como causas do problema.
Relatório da OCDE descreve Portugal como um país triste e o primeiro na preocupação. Contudo, é onde os estudantes de 15 anos menos passam fome.
Esta é uma das faces invisíveis da crise da habitação: além da escassez de casas, muitas das que estão disponíveis não são eficientes energeticamente, forçando muitas famílias a enfrentar condições precárias e a escolher entre aquecer as suas casas ou suprir outras necessidades básicas, como alimentação ou saúde.
As percentagens mais elevadas de pessoas incapazes de manter a sua casa adequadamente aquecida foram, no ano passado, registadas em Portugal e Espanha, ambos os países com 20,8%, seguidos pela Bulgária (20,7%) e pela Lituânia (20,0%)
Com o objetivo de zero emissões de gases com efeito de estufa até 2050, em que ponto está Portugal nas metas ambientais europeias? Na gestão de resíduos sólidos, uso do carro e pressão sobre o território, o atraso é considerável
Os dados não enganam: Portugal tem um problema com a eficiência energética dos edifícios, na sua maioria antigos e ineficientes.
A crise climática não é uma questão partidária. À semelhança das crises da habitação e da saúde que vivemos no nosso país, esta representa um problema central.