O apagamento do futuro
A comunidade científica tem alertado, há décadas, para o passo acelerado a que nos encaminhamos para o colapso do sistema climático e para os respetivos impactos sobre as sociedades humanas.
A comunidade científica tem alertado, há décadas, para o passo acelerado a que nos encaminhamos para o colapso do sistema climático e para os respetivos impactos sobre as sociedades humanas.
Estas propostas foram rotuladas como "terrorismo ideológico e ambientalista", ignorando os dados científicos que as fundamentam.
As odes de revertermos a situação climática para onde caminhamos parecem cada vez mais escassas e o aproximar do final da década deixa-nos cada vez com menos tempo.
A COP deste ano suscitou críticas especialmente ferozes por se realizar num Estado produtor de petróleo e por se ter iniciado envolta em polémicas relacionadas com acordos paralelos sobre combustíveis fósseis a ter lugar nos corredores da conferência.
A energia libertada pelos incêndios em curso atingiu valores extraordinários (entre os 800 e os 1.000 ou mais megawatts), dando-lhes uma intensidade insuscetível de controlo.
Estes objetivos procuravam promover um equilíbrio entre os pilares económico, social e ambiental, apesar de terem sido pouco discutidas as tensões entre o crescimento económico a equidade social e a sustentabilidade ambiental plasmadas nesta agenda.
As políticas identitárias e guerras culturais, no seio das democracias ocidentais, adicionaram o contexto intelectual favorável para a manipulação e interferência permanente e persistente de audiências, que compõe estados entendidos como inimigos, por potências revisionistas da ordem internacional.
Este tipo de ações não violentas têm sido alvo de divergências e controvérsia no debate público. Independentemente de se concordar ou não com a operacionalização e comunicação das mesmas, é indubitável que as penas aplicadas a estes protestos não violentos são manifestamente desproporcionais.
Foi bailarina, venceu um prémio Nobel da Paz e é uma proeminente engenheira. Mas agora tem de enfrentar a violência no país e provar que não é um "fantoche" do antecessor.
Além do processo interposto por jovens portugueses, um outro foi decidido esta terça-feira pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem com desfecho diferente. Chamam-se KlimaSeniorinnen e o governo suíço já garantiu que vai acatar a decisão.
Os cientistas afirmam que sim, mas na prática não é simples. É um processo caro pelo consumo de energia e há riscos: é preciso garantir que os gases não voltam à atmosfera.
Um discurso copiado, um relatório fictício, mudanças de atitude sobre a Palestina: momentos infelizes na curta carreira da deputada do Chega.
Só uma profunda dissonância cognitiva justifica que, num país de emigrantes, o discurso anti-imigrantes consiga ganhar significativa tração.
O aviso é do presidente do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas: as escolhas dos próximos 10 anos terão consequências nos próximos milhares de anos.
Ahmed Al Jaber terá afirmado num evento a 21 de novembro: "Não existe nenhuma ciência, ou nenhum cenário, que diga que a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis nos vai manter nos 1,5 graus Celsius".
"Os sinais vitais da Terra estão a falhar: emissões recorde, incêndios ferozes, secas mortais e o ano mais quente de sempre. Estamos a milhas dos objetivos do Acordo de Paris", lamentou secretário-geral da ONU.