A energia libertada pelos incêndios em curso atingiu valores extraordinários (entre os 800 e os 1.000 ou mais megawatts), dando-lhes uma intensidade insuscetível de controlo.
Enquanto se desenrolava o caos e a dor dos incêndios, algumas vozes se levantaram, entre a cacofonia habitual, para suscitar um alerta fundamental: os incêndios que o país enfrentava naquela semana não eram domináveis; e não o eram porque o país se encontrava sujeito a um fenómeno meteorológico "completamente anómalo". As palavras são do climatologista Carlos Câmara, que afirmava nunca ter presenciado nada semelhante em vinte anos de exercício da profissão. O climatologista, bem como outros colegas, afirmou que a energia libertada pelos incêndios em curso atingiu valores extraordinários (entre os 800 e os 1.000 ou mais megawatts), dando-lhes uma intensidade insuscetível de controlo. Durante aqueles dias reuniram-se condições extremas perfeitas para gerar incêndios dantescos como aqueles a que assistimos: a coincidência entre uma vaga de calor, ventos de leste muito intensos e baixos níveis de humidade. A respeito desta conjugação de fatores, Carlos Câmara concluiu: "Com as alterações climáticas, dias excecionais como estes vão aumentar, vão tornar-se dias mais frequentes". Por conseguinte, incêndios incontroláveis habitarão com muito mais frequência a vida coletiva nacional.
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