Fogos: não há inocentes
No drama repetido, verão após verão, dos fogos florestais, não há inocentes, todos têm uma quota-parte de responsabilidade.
No drama repetido, verão após verão, dos fogos florestais, não há inocentes, todos têm uma quota-parte de responsabilidade.
O primeiro-ministro adiantou ainda que o Governo, através do ministro da Economia e da Coesão Territorial, já está a "criar condições para o apoio posterior à resolução destes incêndios, para que as pessoas possam recuperar rapidamente as condições para terem as suas vidas normalizadas".
Investigadores afirmam que, embora se tenham registado algumas melhorias na atuação da proteção civil, a prevenção está "nas mesmas condições ou até piores" do que há sete anos. "Há um problema gravíssimo com as florestas portuguesas", dizem.
A Câmara Municipal de Lisboa está a concretizar o programa Cooling City – Arrefecer a Cidade, que se baseia em grandes áreas verdes e zonas com água. Mas a ONG Zero frisa que é preciso planeamento para enfrentar as ondas futuras.
Não sei se o MPLA ganhou as eleições ou não, mas mesmo que as tivesse ganho ninguém acredita na sua palavra. Este é o custo de um poder corrupto e despótico como nunca deixou de ser o do MPLA.
Rui Rio elogiou o PAN pela forma como está disposto a negociar acordos. Mas Inês de Sousa Real tem condições para esse apoio: debates quinzenais, ordenamento florestal e impostos.
O objetivo da portaria agora publicada é o de "poder aumentar a área de eucalipto por concelho, num processo regulamentar pouco transparente, associado ao fim da legislatura", pelo que "deve ser revogada elo próximo Governo", defende a Quercus.
"Obviamente que as regras da lei são para cumprir e tem que ser reduzida em 10% a área dos eucaliptos", frisou Matos Fernandes, garantindo que "vai haver uma redução da plantação de eucaliptos em Portugal".
Empresas florestais avisam que "há menos procura" por parte dos proprietários, devido à falta de capacidade financeira para pagar trabalhos de limpeza.
Observatório Técnico Independente da Assembleia da República alerta que pandemia se junta a questões já existentes, uma vez que "para além da influência das alterações climáticas, também a suscetibilidade do território à ocorrência de incêndios rurais não diminuiu".
"Há uma diferença entre o país nas notícias e o país na vida das pessoas", disse o Presidente da República ao discursar na cerimónia de inauguração do Jardim de Infância de Midões, no concelho de Tábua, que há dois anos foi destruído pelas chamas.
Além da floresta e de habitações, houve muitas alfaias agrícolas, tratores, olivais e medronhais destruídos pelo incêndio.
O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, espera a aprovação do diploma que permitirá ao Estado assumir a gestão das "terras sem dono" por 15 anos, no final dos quais poderá "exercer o direito de usucapião".
Valdemar Alves lamenta não se terem concretizado investimentos previstos para promover o emprego no município, dois anos depois do incêndio de 17 de junho de 2017.
O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural justificou que esta diminuição já está a acontecer.
Paulo Rangel defendeu que "em democracia não há temas tabu", quando questionado sobre o aproveitamento político do tema dos fogos.