Sábado – Pense por si

Carlos Rodrigues
Carlos Rodrigues Diretor-Geral Editorial
12 de agosto de 2025 às 23:00

Fogos: não há inocentes

No drama repetido, verão após verão, dos fogos florestais, não há inocentes, todos têm uma quota-parte de responsabilidade.

O espetáculo deprimente das populações abandonadas à sua sorte no combate aos incêndios de verão marca de forma indelével a imagem que fazemos do Estado, como entidade falhada em múltiplos planos da nossa vida coletiva. Todos os anos, quando começamos a ver o património destruído, as florestas transformadas em cinzas, as populações abandonadas em sofrimento, as chamas como metáfora da impotência, sentimos um pouco mais a impossibilidade ética da forma como tratamos este território a que chamamos Portugal. É o lugar-comum por excelência afirmar que, ano após ano, se repete o drama dos incêndios. Mas efetivamente assim é. 

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