
O Estado de uma União dividida e com desafios por alcançar
Ursula von der Leyen vai fazer o seu quinto discurso do Estado da União, num ano marcado pela falta de consensos internos e dificuldade em assumir uma posição a nível internacional.
Ursula von der Leyen vai fazer o seu quinto discurso do Estado da União, num ano marcado pela falta de consensos internos e dificuldade em assumir uma posição a nível internacional.
O ano de 2025 tem sido exigente para a Europa ao nível interno e externo e, mesmo com as baterias carregadas pelo tempo estival, será difícil esconder as dificuldades: apesar das aparências, tem havido mais desunião que união e, sem ela, o nosso futuro coletivo não será muito promissor.
A líder do executivo comunitário referia-se ao prazo de 9 de julho, que foi definido informalmente pelos Estados Unidos como data-limite para concluir um acordo comercial com a UE para evitar a aplicação de tarifas punitivas de até 20% sobre produtos europeus.
Uma eventual reunião entre os dois responsáveis, para quarta-feira, está ainda por confirmar.
Resposta é anunciada no dia da entrada em vigor das tarifas americanas. Tarifas europeias entram em vigor na segunda-feira, 14 de abril.
"Estamos prontos a negociar e, por isso, propusemos tarifas zero para os bens industriais, como fizemos com sucesso com muitos outros parceiros comerciais, porque a Europa está sempre pronta para um bom acordo -- e mantemo-lo em cima da mesa", revelou Ursula von der Leyen.
"Os nossos valores europeus, a democracia, a liberdade e o Estado de direito estão sob ameaça", afirmou a presidente da Comissão Europeia.
O acordo UE-Mercosul abrange os 27 Estados-membros da UE mais Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, o equivalente a 25% da economia global e 780 milhões de pessoas, quase 10% da população mundial.
Os protestos deverão continuar nos próximos dias e na terça-feira está previsto um bloqueio da autoestrada A9 na passagem fronteiriça com Espanha em Le Boulou.
Para o líder brasileiro, Kaddafi é “irmão”, a Venezuela “uma democracia” e Zelensky “o rei da cocada”. Eis o historial de Lula da Silva com ditadores.
Protestos tiveram epicentro em França, mas já se alastraram a outros países, incluindo Portugal.
Os bloqueios de estradas com tratores verificam-se um pouco por toda a Europa, são motivados por questões diversas, mas a ira da maior parte dos agricultores parece dirigida a Bruxelas, que acusam de lhes impor medidas ambientais com altos custos.
Apesar de o Governo ter anunciado medidas para satisfazer a agricultura, os manifestantes creem que o executivo não foi suficientemente longe.
O Brasil, que assume atualmente a presidência do Mercosul, e a presidência da União Europeia esperavam que este evento no Rio de Janeiro permitisse chegar a um acordo entre as duas partes, após mais de 20 anos de negociações infrutíferas.
E se há algo que é muito bem sabido é que quer os republicanos quer os democratas partilham (sempre partilharam) uma vontade comum de impedir o fortalecimento da União Europeia.
O primeiro-ministro Pedro Sánchez anunciou esta segunda-feira a convocação de eleições legislativas antecipadas. Espanha vai a votos para escolher o proximo governo a 23 de julho e não em dezembro quando estaria prevista a eleição. Qual o impacto da votação antecipada a presidência espanhola da União Europeia que arranca a 1 de julho?