Fogo destruiu 64.451 hectares.
O vento forte e a orografia do terreno, com encostas de pendente acentuada e vales encaixados, aliado ao muito fumo, têm dificultado, segundo autarcas locais, o combate ao incêndio.
As planícies de tons ocres, do Alqueva a Portel, bem perto de Espanha, convidam a passeios entre castelos e praias fluviais.
A frente que se encontra mais ativa localiza-se na "cumeada da serra do Alvão".
Fogo lavra numa zona inacessível e não é possível consolidar o trabalho dos meios aéreos com meios terrestres.
Durante a madrugada 20 incêndios deflagravam em Portugal Continental. Os distritos de Leiria, Setúbal e Aveiro foram os mais afetados, sendo a ocorrência de Palmela a que mobilizou mais meios.
Duas pessoas sofreram ferimentos graves: um bombeiro com o pulso partido e um civil que sofreu queimaduras.
Mais de 2.600 bombeiros combatem as chamas, auxiliados por mais de 800 viaturas e mais de 15 meios aéreos.
A newsletter de quarta-feira
Naquele que se espera ser o dia mais quente da semana - com temperatura a poder ultrapassar os 45 graus -, os bombeiros não estão a ter tréguas. Às 7h, os fogos de Vale da Pia e Caranguejeira, ambos em Leiria, eram os que mais preocupavam a Proteção Civil.
Pelas 20h30, o fogo mobilizava 420 operacionais, apoiados por 125 meios terrestres e quatro meios aéreos.
Sem perdermos as praias de vista, mergulhámos no Alentejo profundo. Chegados ao coração desta região, a poucas horas de Lisboa, encontrámos as belas aldeias ribeirinhas do Alqueva. Se na costa alentejana ainda há segredos por descobrir, imagine o que outros caminhos lhe podem mostrar. Partimos rumo ao interior.
Na Sertã terão ardido "uma rulote e algumas habitações devolutas", avança a Protecção Civil. Entre os feridos estão nove bombeiros e um civil.
No terreno, a combater as chamas, estão 518 operacionais, apoiados por 159 viaturas. Não há localidades em perigo nem houve a necessidade de efetuar quaisquer evacuações.
Verba de 600 mil euros, que poderá ser reforçada, foi disponibilizada pelo Governo para apoiar os agricultores de Mação, Vila de Rei e Sertã prejudicados pelo incêndio que afetou os territórios entre 20 e 23 de julho.
Estrada nacional 2, entre Vila de Rei e Sertã, nas proximidades da Cumeada, está cortada ao trânsito devido ao incêndio.
