O antigo presidente do BESI denunicou a atitude autoritária de Ricardo Salgado e diz que Carlos Costa "assobiou para o lado" quando foi informado do estado do BES.
O ex-banqueiro chegou a tribunal visivelmente debilitado, tendo abandonado a sala de audiências depois de ser identificado pela juíza.
Uma década depois da resolução do BES e do colapso do Grupo Espírito Santo são muito poucos os membros do ex-conselho superior do GES e da administração do BES que ainda trabalham – quase todos estão reformados e alguns já morreram. A maioria ainda tem processos às costas.
O antigo presidente do Banco Espírito Santo de Investimento disse desconhecer a sociedade offshore e recusou ligações à Espírito Santo International VBI, da qual veio a receber dois pagamentos em 2013 e 2014.
Ministério Público investiga esquema da Tranquilidade e Europ Assistance para pagar um milhão de euros/ano a Ricardo Salgado, António Ricciardi, Manuel Fernando Espírito Santo, Mosqueira do Amaral e José Manuel Espírito Santo.
Não era suposto que qualquer dos membros do Conselho Superior revelasse as reuniões ou sequer a existência do órgão. Percebe-se porquê: nas actas de 2006, já admitiam que estavam à beira da falência técnica; e nas de 2012, relatam a reunião em que Pedro Queiroz Pereira os enfrentou.
Dois anos após o colapso do BES, um filho preferiu ir trabalhar para o Canadá, os ex-colaboradores desapareceram e até deixou de cumprimentar o tio Ricciardi na missa.
Quando necessário, Ricardo Salgado tentou influenciar governantes — e quando recebia um não, arranjava maneiras (ilegais) para obter o que queria, argumenta o Ministério Público.
Os primos Ricardo e José Manuel, antes inseparáveis, são agora acusados pelo Ministério Público. A queda do Dono Disto Tudo arrastou um terceiro ramo da família e levou a reuniões secretas num clã que já antes perdera o banco, mas mantivera o nome incólume - até 2014
Sofria de doença oncológica. Era secretário do Conselho Superior, a reunião em que se juntavam os cinco ramos da família.
A lista é longa: de Berardo a Armando Vara, passando por Sócrates, Carlos Cruz e até Cristiano Ronaldo.
José Maria Ricciardi, o empresário Pedro Neto e o contabilista Machado da Cruz afirmaram que o ex-líder do BES ameaçou Passos Coelho e Portas, comprou Sócrates e destruiu a PT
Livro do jornalista António José Vilela revela os documentos e os segredos das investigações judiciais das operações Furacão, Monte Branco e Marquês. São 15 anos de histórias. Leia duas delas
Desde 2006, Cavaco Silva atribuiu 1.819 condecorações a 1.485 homens, 234 mulheres e 100 instituições
O Ministério Público tem na sua posse uma lista com mais de uma centena de nomes a quem o GES pagava avenças. Há políticos, gestores, empresários e jornalistas.
O dinheiro foi encontrado pelo Ministério Público, em 2005, durante buscas da Operação Furacão. Novos dados do escândalo Panama Papers revelam que lista do "saco azul" do GES contém avenças a políticos
