Balsemão e Berlusconi: os bastidores das negociações para salvar o império de media
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Novas escutas do caso Tutti Frutti revelam os bastidores da candidatura de 2017 à câmara de Loures e as surpreendentes premonições políticas daqueles que viriam a ser arguidos no processo
Moradores terão 48h para desocupar as construções.
Não é de agora, nem é exclusivo do Talude. Há quem pague por uma "casa" de madeira e chapa em Odivelas, Almada e Setúbal. Os vendedores são membros da comunidade.
"Esta nova edificação constitui uma reiterada desobediência, uma vez que este núcleo familiar já tinha procedido a uma outra construção precária e ilegal no Bairro do Talude, que foi demolida pelo município em 14 de julho, antes da notificação do decretamento provisório da providência cautelar", afirmou a autarquia.
No dia em que Luís Newton era acusado de 10 crimes no Tutti Frutti, o seu vice na concelhia, Jorge Barata, entrou para os quadros do Estado via junta da Estrela
Depois da assinatura do acordo, os três dirigentes falaram aos jornalistas, tendo abordado a demolição de barracas no bairro do Talude, em Loures, decretada pelo presidente da Câmara Municipal local, o socialista Ricardo Leão.
"A ausência de oferta habitacional, o arrendamento e a aquisição a preços incomportáveis têm levado à edificação de construções precárias", refere a autarquia.
"Ninguém ficou para trás. Só aqueles que quiseram ficar, efetivamente", declarou a vereadora com o pelouro da Habitação, durante uma reunião do executivo municipal.
Para o movimento Vida Justa, ao tentar "colar um movimento social à criminalidade" Rodrigo Leão "está a usar uma estratégia perigosa: desacreditar e reprimir a organização popular, como se fosse crime participar na vida política e reivindicar direitos".
Mãe solteira viu os seus móveis espalhados na rua e ficou até ao último momento antes de a sua barraca ser demolida. Os serviços sociais arranjaram-lhe um quarto. Tem uma filha de 3 anos e ainda não conseguiu voltar ao trabalho.
"Estão a comercializar barracas a dois mil e três mil euros cada cinco metros quadrados, com garantia de luz e água", disse Ricardo Leão.
Montenegro disse recordar-se do tempo em que existiam bairros de lata em Portugal e defendeu ser necessário, antes de mais, "evitar que a situação se volte a tornar normal".
A demolição de habitações precárias no Bairro do Talude., sem qualquer garantia de realojamento, representa o bolor civilizacional, é um lanho profundo na sociedade e na consciência comunitária.
Placas foram instaladas entre os destroços do Bairro do Talude e em frente à Câmara Municipal de Loures.