
Ministra da Justiça reconhece fragilidade na fuga de reclusos da prisão de Alcoentre
No dia em que os dois reclusos portugueses fugiram estavam neste estabelecimento prisional 17 guardas para cerca de 460 detidos.
No dia em que os dois reclusos portugueses fugiram estavam neste estabelecimento prisional 17 guardas para cerca de 460 detidos.
Segundo a ministra há fatores que levam a essa situação, como a greve em curso às horas extraordinárias, "que teve um impacto direto" na fuga, além de que há naquele estabelecimento 30 guardas em baixa médica.
Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais recusou-se a indicar quantos profissionais se encontravam a trabalhar.
Foram capturados pela GNR às 06h40.
Fuga terá acontecido na zona de uma torre de vigia inoperacional.
Segundo a tutela, foram "apurados indícios fortes de violação de deveres disciplinares", que justificam a aplicação da sanção, considerada grave.
No decurso da operação foi ainda desmantelado um laboratório clandestino de produção de drogas, que funcionava num apartamento em Lisboa, que servia exclusivamente essa finalidade.
Em causa está uma rede de tráfico de droga e anabolizantes.
Em causa está uma rede de tráfico de droga e anabolizantes na qual os guardas facilitavam a entrada de droga nas cadeias, a troco de vantagens patrimoniais.
Os últimos dois dos cinco evadidos da prisão de Vale de Judeus, em 7 de setembro de 2024, foram recapturados em Alicante, pela Polícia Nacional de Espanha, "depois de um persistente e ininterrupto trabalho de recolha e de troca de informação" entre a PJ e as autoridades espanholas, anunciou na quinta-feira a PJ.
Os últimos dois fugitivos eram Rodolfo Lohrmann "El Ruso" e Mark Roscaleer. Estavam a cumprir penas de 20 e de nove anos. Foram encontrados em Alicante, em Espanha.
A operação decorreu em Pádua e permitiu a detenção de Shergili Farjiani, um dos cinco evadidos de Vale de Judeu e o terceiro a ser recapturado.
Rodolfo Lohrmann foi um dos homens mais procurados da América Latina e chegou a estar alinhada a extradição de Portugal para a Argentina. Mas os tribunais argentinos desistiram de o julgar.
Uma carrinha de fornecimento de refeições colidiu contra um portão do EPL e agora, aguardam resposta do seguro da empresa. Sindicato alerta ainda para sobrelotação e falta de guardas prisionais.
"Apesar de desconhecer a legislação marroquina nessa matéria, não vejo motivos para a extradição não acontecer", diz à SÁBADO o advogado Vítor Parente Ribeiro.
Pela primeira vez em muitos anos, vi a comunidade diplomática em Portugal colocar a segurança pública como problema maior. A ideia de um País idílico de tranquilidade pode desaparecer de um momento para o outro, e ninguém ganha com isso.