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Relatório preliminar: dois homicídios adensam caso Camarate

Vítor Matos 19 de junho de 2015 às 16:43

EXCLUSIVO: Conclusões apontam que José Moreira foi assassinado em 1983, com a companheira, antes de ir ao Parlamento depor sobre o atentado. PJ dava mortes como acidentais

A X Comissão Parlamentar de Inquérito à Tragédia de Camarate voltou a concluir que Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa e os outros ocupantes do Cessna que se despenhou em Camarate morreram devido a um atentado, na noite de 4 de Dezembro de 1980. E não só: o relatório preliminar, a que a SÁBADO teve acesso, acrescenta mais duas mortes ao rol de vítimas do caso, adensando a aura de conspiração e mistério que sempre envolveu o caso: "Foi evidenciado com elevado grau de confiança, que José Moreira e Elisabete Silva [sua companheira] foram assassinados no início de Janeiro de 1983." José Moreira era o proprietário de outro avião – que colocou ao serviço da campanha presidencial de Soares Carneiro –, e apareceu morto em casa, em Carnaxide, por inalação de monóxido de carbono, nas vésperas de ir testemunhar numa das comissões de inquérito aos acontecimentos de Camarate. As mortes foram nessa época dadas como acidentais. A suspeita agora recai sobre a PJ e a PGR, cuja investigação o relatório classifica como "deficitária, com gritantes e evidentes lacunas". E aponta para um eventual encobrimento, embora não use esta palavra.

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