NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
A Associação de Realizadores de Cinema e de Audiovisual (ARCA) considerou hoje que a saída de Nuno Artur Silva do Conselho de Administração da RTP "equivale a regressar a um passado sem futuro", vendo a decisão com apreensão.
A Associação de Realizadores de Cinema e de Audiovisual (ARCA) considerou hoje que a saída de Nuno Artur Silva do Conselho de Administração da RTP "equivale a regressar a um passado sem futuro", vendo a decisão com apreensão.
"A RTP pode vir a regressar aos tempos em que era mais uma televisão, igual às outras. Os realizadores da ARCA vêem com apreensão a intenção do Conselho Geral Independente [CGI] de afastar quem nos últimos três anos protagonizou a reestruturação da RTP, com os resultados que conhecemos e que, de facto, a distinguem das operadoras privadas pela positiva", observa a associação, em comunicado hoje divulgado.
Em causa está a decisão do CGI da RTP, que decidiu reconduzir Gonçalo Reis na presidência, enquanto os restantes dois membros do Conselho de Administração, Nuno Artur Silva e Cristina Vaz Tomé, terminam funções.
"Não havendo pessoas insubstituíveis, a verdade é que, durante décadas e até à nomeação de Nuno Artur Silva, não houve ninguém que tivesse conseguido aproximar a estação pública dos objectivos a que os espectadores têm direito e que o contrato de concessão estabelece", sublinha a ARCA, argumentando que "afastá-lo agora, a meio do percurso que já distingue a RTP das outras televisões, equivale a regressar ao passado sem futuro".
Em comunicado divulgado na semana passada, o órgão que supervisiona a administração da estação pública informou que, "na sua primeira reunião com todos os membros em plenitude de funções, decidiu comunicar ao Governo, na pessoa do senhor ministro da Cultura, a sua decisão de convidar Gonçalo Reis a apresentar um Projecto Estratégico para a RTP, para o triénio de 2018-2020".
Saudando "os membros cessantes do actual Conselho de Administração", o CGI da RTP sustentou que a continuidade de Nuno Artur Silva é "incompatível com a irresolução do conflito de interesses entre a sua posição na empresa e os seus interesses patrimoniais privados, cuja manutenção não é aceitável", apesar de este órgão, "no âmbito das suas funções de supervisão e fiscalização, não ter verificado que isso tenha sido lesivo da empresa, no decurso do seu mandato".
O CGI recordou também que Nuno Artur Silva foi "responsável, nos últimos três anos, pela reconfiguração estratégica da política de conteúdos da empresa, numa óptica de serviço público de media, tarefa que desempenhou de modo altamente meritório e sucessivamente reconhecido pelas instâncias de escrutínio da empresa".
Por esta razão, a ARCA apela "ao bom senso entre as partes, na convicção de que o interesse da RTP e dos espectadores se sobreporá a quaisquer outros".
O novo CGI da RTP - em funções desde dia 22 de Janeiro -- é composto pela professora catedrática Helena Sousa (cooptada pela anterior estrutura), pelo diplomata Seixas da Costa (indicado pelo Governo) e pelo catedrático José Carlos Vieira de Andrade (indigitado pelo Conselho de Opinião).
Os anteriores membros, Ana Lourenço (indigitada pelo Governo), Manuel Silva Pinto (Conselho de Opinião) e Álvaro Dâmaso (cooptado) terminaram o mandato, sendo que se mantiveram no cargo António Feijó - como presidente -, Simonetta Luz Afonso e Diogo Lucena.
Realizadores contra saída de Nuno Artur Silva da RTP
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.