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Os lados negro e rosa de Lisboa: da Baixa rica à zona J pobre

Sara Capelo
Sara Capelo 29 de setembro de 2017 às 07:00

O turismo gera emprego, mas em Chelas isso nem se vê. Nascem hotéis, mas arrendar é cada vez mais caro. A capital cresce, mas não para todos

Um cabo-verdiano, um norte-americano e um francês encontram-se em Lisboa. Parece o início de uma anedota, mas é uma afirmação circunstancial: os três vivem na capital portuguesa, mas de modos diferentes. Apesar de ter nascido em Portugal, o cabo-verdiano fechou-se no bairro de Chelas e desistiu de aceder à nacionalidade portuguesa. O francês chegou como turista, apaixonou-se pela cidade, quis ficar e comprou casa aproveitando os benefícios fiscais para aposentados e fazendo mexer o mercado imobiliário – que está a atingir valores-recordes e, criticam alguns, a expulsar os lisboetas. O norte-americano luta diariamente contra a miséria e o desperdício alimentar, mas diz que morar na capital portuguesa é "uma alegria completa".

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