Sábado – Pense por si

O país que só funciona com horas extraordinárias

Juliana Nogueira Santos 06 de junho de 2019 às 08:27

Turnos de 24 horas, trabalho aos sábados e medo de represálias. Da Justiça à Saúde, passando pela Segurança Social, já é habitual os funcionários públicos fazerem horas a mais.

Extraordinário: não conforme ao ordinário ou ao costume; que acontece raras vezes; que não é obrigatório; excecional. É assim que o dicionário da língua portuguesa define esta palavra que tem tomado de assalto os horários dos funcionários públicos. As horas extraordinárias, aplicáveis quando algo inesperado acontece num serviço, passaram a ser o novo normal, com os profissionais a fazerem mais do dobro de trabalho suplementar que o permitido por lei. Porquê? Com a falta de pessoal e os entraves à contratação de substitutos, as equipas são obrigadas a trabalhar com quem fica. E já não sobra muita gente.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.