Catarina Martins para Ventura: "Não fique nervoso"
Os líderes do Bloco de Esquerda e do Chega em frente e frente na SIC. Acompanhe aqui.
Acompanhe aqui o debate na SIC entre a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, e o líder do Chega, André Ventura, no dia de arranque dos frente-a-frente das presidenciais de 30 de janeiro.
Ventura ia preparado com um artigo de jornal, antigo, com a citação de Mamadou Ba, então assessor do BE no Parlamento, quando usou o termo "a bosta da bófia", para apontar à incoerência de Catarina Martins, a defender as forças de segurança.
Catarina acusou-o de ser o único político com uma condenação por racismo transitada em julgado, Ventura contrapôs que não só não foi condenado em nenhum processo-crime, como nunca foi "condenado por racismo", admitindo ter sido condenado "por ofensas a uma família". Ainda acusou Catarina Martins, neste contezto, de perceber pouco de Direito.
BE e Chega disputam - ao que indicam as sondagens - o terceiro lugar nestas eleições legislativas. O debate terminou em tom acusatório, de parte a parte, e mais de ataque quase pessoal do que de conteúdo político.
Catarina Martins: "Quando é que me acusa de raptar o Pai Natal?"
"Nem sabe quis foram as propostas" do Chega, acusou André Ventrura. O líder do Chega também registou que quis reduzir o salário dos deputados e que Catarina Martins e o BE votam contra. "Está a mentir mas como é boa atriz passa!" Voltou a insistir na crítica ao RSI e na subsidiodependência, nomeadamente nos Açores, "anda metade a viver à conta dos outros". Catarina Martins tinha defendido os apoios sociais, Ventura acusou o BE de querer apoiar criar uma linha para apoiar imigrantes "que chegam do Mediterrâneo de telemóvel na mão". Só estou a ver "quando é que me acusa de raptar o Pai Natal" . Catarina votou a citar a mensagem do Papa Francisco de solidariedade para com os migantes, Ventura ripostou, voltando a interromper que "está muito religiosa". E ainda: "Eu conheço os Açores". E lembrou que ali o RSi é mais baixo que no resto do país e que "a maior parte dos beneficiários são mães com vários filhos com famílias monoparentais". E, por isso, o BE prefere ir "atrás do crime económico".
"O candidato da extrema direita é mais previsível que um disco riscado", apontou Catarina Martins. E registou que Ventura votou contra o fim dos vistos gold. "Ouvimos a extrema direita atacar imigrantes", mas "quando falamos de milionários, a extrema-direita já gosta. Defende sempre os milionários e ataca ps trabalhadores pobres". Face às interrupçõoes de Ventura, ripostou: "Não fique nervoso."
Ventura: "Soluções de apoio quando os portugueses ainda não votaram é precoce."
André Ventura, para a mesma pergunta, apontou antes a Rui Rio, que usou de preferir o PS ao Chega. Voltou insistir nas questões de sempre: combate à subsídiodependência, apoio Às empresas e ao mundo rural: "Só o Chega conseguiria assegurar a sua representatividade." "Soluções de apoio quando os portugueses ainda não votaram é precoce."
Catarina Martins voltou a insistir na corrupção, na necessidade de criminalizar transferências para offshores e acabar com os vistos Gold. Ventura respondeu que basta o BE apresentar propostas e votará. E quer duplicar penas para corrupção: que o BE já recusou no parlamento. Fez ainda um reparo pessoal: "A Catarina Martins era atriz, eu era inspetor tributário." E reclamou ser o deputado que mais propostas apresentou contra a corrupção. E acusou o BE de ser o quarto partido com maior património imobiliário, "sem pagar IMI", como está na lei.
BE quer reforçar-se, mas não diz se quer estar no governo
A primeira pergunta, para Catarina Martins, foi: "Sem maioria do PS, vai exigir estar no governo?" A líder do BE evitou responder diretamente e frisou que o "BE tem sido a terceira força e provou sempre ser a força de soluções". Quer um ciclo com força de esquerda reforçada. E por fim, sem responder, lançou um novo tema, a corrupção, em que acusou o Chega de estar ausente, com André Ventura, em fundo, a dizer "está a mentir". Face à insistência da jornalista, Catarina Martins também insistiu: de novo, no reforço do BE.
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“Majestade, se for possível afogar os 6 ou 7 milhões de judeus no Mar Negro não levanto qualquer objecção. Mas se isso não é possível, temos de deixá-los viver”.
O descontentamento que se vive dentro da Polícia de Segurança Pública resulta de décadas de acumulação de fragilidades estruturais: salários de entrada pouco acima do mínimo nacional, suplementos que não refletem o risco real da função, instalações degradadas e falta de meios operacionais.