Faltam apenas apurar os quatro deputados da emigração. AD reforça liderança, PS tem mais votos mas o mesmo número de deputados que o Chega, 58. IL sobe para 9 deputados, Livre, 6, PCP, 3, Bloco, PAN e JPP, um cada um.
Numa noite eleitoral em que a AD reforçou a liderança houve surpresas nois lugares seguintes e uma entrada para o parlamento. O PS acabou empatado em número de deputados com o Chega. O Bloco perdeu o grupo parlamentar, o Livre e a IL reforçaram a sua presença, o PCP perdeu um deputado e PAN manteve-se. Da Madeira chega uma força partidária que se estreia no parlamento nacional: o JPP, com um deputado.
"Será um exercício que ninguém compreenderá se os políticos não forem capazes de interpretar a vontade do povo", sentencia Luís Montenegro. "Se nos deixarem trabalhar ninguém fica mal, porque aqueles que o fizerem também mostram espirito de missão", sublinhou.
Sobre a composição do Governo, o líder da AD disse que aguarda o desenvolvimento das audições convocadas pelo Presidente da República. "Não vou adiantar nem a composição do Governo, nem antecipar conversas com outros partidos", acrescentou, questionado sobre a possibilidade da IL poder ter um lugar no Executivo.
Montenegro lembra que teve hoje mais votos, mais mandatos e que multiplicou a distância para o segundo classificado: "Esta maioria é uma maioria do que aquela que tínhamos há um ano", declarou.
Questionado sobre a hipótese de revogar o "não é não" que disse ao Chega, Montenegro afirmou que "já mostrámos que tínhamos palavra e cumpriremos a nossa palavra". "Dentro dos compromissos que assumi tenho a certeza absoluta de que vai acabar a imperar o sentido de responsabilidade".
"Vamos ser como sempre fomos o Governo para todos, todos, todos", sintetiza Luís Montenegro antes de terminar com agradecimentos. "Tal como fizemos nesta campanha, daqui em diante deixaremos o nosso esforço até à última gota de suor na tarefa mais nobre que alguém pode ter: governar um País".
No seu discurso, André Ventura teve o PS como um dos principais alvos. "Sim, o Chega superou o partido de Mário Soares. O Chega superou o partido de António Guterres. O Chega matou o partido de Álvaro Cunhal. O Chega varreu do mapa o BE", afirmou. "Ouvi o PS dizer que não sustentará este Governo, há uma coisa clara: Governo de Portugal depende do Chega e só do Chega."
No fim, atingiu como meta vencer eleições. "Não conseguiremos a transformação que o País precisa enquanto não governarmos este governo", garante.
"Vamos continuar a valorizar o trabalho e os rendimentos dos portugueses e a estimular o investimento", garantiu Luís Montenegro. "Vamos criar mais riqueza para garantir prosperidade e justiça social" e "apostar na juventude" e "nos pensionistas" e "na administração pública".
"Vamos continuar a salvar o Estado Social, da saúde à educação, da habitação à mobilidade. Vamos continuar a levar a cabo mais controlo sobre a emigração", continua o primeiro-ministro, elencando ainda como prioridades o combate à criminalidade e à corrupção, o investimento nas forças de seguranças e armadas. Montenegro recupera discurso dos comícios da campanha eleitoral.
"Os portugueses não querem mais eleições antecipadas. Querem uma legislatura de quatro anos e exigem a todos que respeitem a sua palavra livre e democrática", declarou Luís Montenegro, antes de atirar "às oposições" a quem pede respeito "pela vontade popular".
Aos outros partidos pede para se "adequarem às circunstancias nacionais e coletivas"; que tenham "sentido de Estado, responsabilidade e respeito pelas pessoas."
"O povo quer este Governo e não quer outro. O povo quer este primeiro-ministro e não quer outro".
"Agora deixem o Luís trabalhar", começa por pedir o primeiro-ministro reeleito, recebido numa sala em festa e a rebentar pelas costuras, agradecendo aos portugueses a confiança, à família e ao partido.
"O povo votou e aprovou de forma inequívoca o Governo da AD e o primeiro-ministro", continua.
André Ventura cantava vitória quando na sala da AD as colunas aumentaram o volume para o hino de campanha da coligação. Discurso de Ventura ficou a meio. Sala está de pé e agitar bandeiras.
Líder do PS abandonou abruptamente o palco (até porque as televisões viraram para a intervenção de André Ventura) e não ficou claro o que vai fazer o PS (ou Pedro Nuno Santos) quanto a viabilização do próximo Governo. Pedro Nuno Santos diz que por sua vontade sairia já do cargo, mas não haverá tempo para eleição de novo secretário-geral antes que Luís Montenegro apresente um novo programa de governo.
No entanto, Pedro Nuno Santos disse que o PS não deve ser suporte do novo governo e deixou a "batata quente" para o sucessor. Poderá estar em cima da mesa a hipótese de Pedro Nuno Santos abdicar do lugar do deputado e ser o PS, via alguma estrutura interna (parlamentar ou nacional), tomar a decisão quanto ao próximo programa de Governo. Mas na hora da saída a sua posição é clara: o PS não deve aprovar novo governo de Montenegro.
André Ventura começou a discursar. "Podemos assegurar ao País algo que não acontecia desde 25 de Abril de 1974: o Chega tornou-se nestas eleições o segundo maior partido em Portugal."
Na sala da AD, interrompe-se o discurso de Pedro Nuno Santos com risos irónicos. O líder do PS demitiu-se depois dos resultados eleitorais que deixaram os socialistas com os mesmos deputados do Chega, antes de serem contados os votos da emigração.
Depois da intervenção inicial de Pedro Nuno Santos, começou a ronda de perguntas dos jornalistas. Pedro Nuno Santos diz que é cedo para perceber o que correu mal. "Não sou a pessoa certa para fazer esses juízos. Mas há uma coisa que eu sei: os partidos que provocaram a instabilidade foram premiados."
Adiantou depois que "há uma reflexão" a fazer. "Fizemos o nosso melhor, mas não foi o suficiente." Líder do PS diz que "se pudesse deixava já de ser" secretário-geral do PS e que não quer ser "um estorvo" para o partido.
"Chora, Pedro! Chora, Pedro!", gritam os militantes do Chega ao ver imagens de Pedro Nuno Santos na sede do PS.
Líder do PS não fala no nome do Chega, mas toma posição sobre a subida eleitoral do partido de André Ventura: "A extrema direita cresceu muito, tornou-se mais violenta, agressiva e mentirosa. Sentimos isso nesta campanha. A extrema-direita deve ser combatida com coragem e sem complacência, esteja ela no poder ou a influenciar quem estiver."
O líder socialista chegou à sala do Altis à meia noite em ponto. Grita-se pelo PS e pelo "Pedro". E batem-se palmas. "São tempos duros e difíceis para a esquerda e para o PS", disse o líder do partido. "Foi uma campanha alegre e entusiasmada de um partido que estava unido a apoiar-me." "Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, mas não conseguimos ganhar estas eleições. O povo português falou com clareza." Depois deixou claro: "A mim não cabe ser o suporte deste governo e penso que esse papel não deve caber ao PS. Luís Montenegro não tem idoneidade para ser primeiro ministro".
Com o fecho dos resultados, Chega e PS estão com o mesmo número de deputados: 58%. Contudo, com os círculos da emigração por contar, o Chega espera ultrapassar o PS em mandatos. "Ainda vão ser os emigrantes!", afirmou Pedro Pinto ao entrar no palanque. Dos quatro deputados possíveis, o Chega elegeu dois nas legislativas de 2024.
O líder da IL entra na sala ao som de "We Will Rock You", dos Queen, para fazer um discurso contido de vitória. A IL cresceu no número de votos, em percentagem e em deputados (de oito para nove), como nota Rui Rocha logo na abertura. O resultado fica, contudo aquém da expectativa não assumida pelo partido. "Queríamos ter crescido mais, obviamente", afirmou, dizendo a seguir que "não foi possível" e assumindo a responsabilidade. Para os cerca de 330 mil eleitores em Portugal, e para eventuais opositores internos, Rocha aponta que não trocaria por nada a postura que teve antes e ao longo da campanha. "Não troco essa posição de ética, de rigor, de não dar tudo a todos, não só para o passado, mas sobretudo para o futuro", afirmou. E o casamento com a AD de Luís Montenegro? Antes de Rocha falar já se sabia que a AD, sozinha, tinha mais votos do que a esquerda toda unida, dada a hecatombe no PS (e no Bloco). O líder da IL notou esse facto óbvio dizendo que "as maiorias estão formadas" e que o papel da IL é continuar a fazer no Parlamento o que fez na última legislatura: oposição. Não haverá "ADIL".
À medida que se aproxima a altura de ouvir o líder do Chega, os deputados eleitos vão entrando na sala. Pormenor: Rita Matias subiu ao palanque para inventar nova canção. "Vamos todos dizer: ‘Ventura chegou, o sistema abalou… Ó Pedro vai para casa chorar, o Ventura chegou para ficar’", pediu, entoando ao som do "Volare" dos Gipsy Kings.
O Livre conseguiu aumentar o seu grupo parlamentar e alcançar o segundo deputado no Porto. Depois de todos os votos, a nível nacional, estarem apurados Rui Tavares discursou para agradecer aos eleitores e deixar a garantia de que vai "dinamizar um grande movimento democrático e progressista".
"O Livre apresentará nas próximas eleições autárquicas o maior número de listas progressistas", garante Rui Tavares antes de recordar que a missão do partido tem também uma importante componente europeia e anunciar que no dia 7 de dezembro se vai realizar, em Portugal, o congresso do Partido Verde Europeu.
O co-porta-voz não esqueceu também as eleições presidenciais, garantido que o Livre "vai estar no centro" dessa eleição.
"Hoje é realmente um grande dia na medida em que neste dia se fez justiça à AD com grande vantagem para Portugal", declarou o líder do CDS, acrescentando que o reforço do resultado de há um ano em percentagem eleitoral, número de votos e de mandatos só "reforça a legitimidade e a credibilidade deste projeto político e do seu líder, Luís Montenegro".
Nuno Melo responsabilizou os socialistas pela crise política "desnecessária" e, por isso, o PS "foi fortemente penalizado, sofrendo uma pesada derrota". "Que lhes sirva de lição", atirou.
Sobre o futuro prometeu continuar "aquilo que não havia nenhuma razão para termos interrompido". "Estamos aqui para governar, para resolver os problemas dos portugueses com sentido de missão e com grande espirito reformista".
A primeira explosão a sério de alegria na noite da IL: o partido elege mais três deputados e soma ao todo nove, ultra passando os oito alcançados em 2024. Conseguiu reeleger Joana Cordeiro em Setúbal e eleger o quarto deputado por Lisboa, o círculo onde cresce face há um ano: Jorge Teixeira. "Liberal! Liberal! Liberal!", grita-se na sala. Há bandeiras à vista, plateia a encher - Rui Rocha vai falar em breve (e poderá dizer, sobretudo contra os eventuais opositores internos, que o partido conseguiu crescer).
O Bloco de Esquerda assegurou a eleição de Mariana Mortágua, já depois das 23h. A líder do Bloco assumiu no entanto a "grande derrota" com "toda a humildade e frontalidade".
Fechou a contagem em Leiria e a IL não conseguiu eleger o seu primeiro deputado, algo que fazia parte do cenário mais otimista do partido. Logo a seguir chega a notícia da eleição de Mário Amorim Lopes por Aveiro. A IL segue com seis deputados eleitos: dois por Lisboa (Mariana Leitão e Rodrigo Saraiva), dois pelo Porto (Carlos Guimarães Pinto e Miguel Rangel), um por Aveiro (Mário Amorim Lopes) e um por Braga (Rui Rocha). Em Setúbal, onde a IL elegeu pela primeira vez em 2024, o cenário parece positivo para a reeleição. Para manter o resultado de 2024, em termos de mandatos, precisará de oito deputados - mas a expectativa era crescer.
Um conhecido militante do partido diz em off à SÁBADO (até porque, realça que prefere esperar pela intervenção de Pedro Nuno Santos esta noite) que o líder do partido "tem de antecipar o congresso eleitoral do PS", que estava já estatutariamente marcado para dezembro. Acrescenta este militante, que está na sala do Altis, que "Pedro Nuno Santos deve até equacionar a hipótese de antecipar essa congresso para antes das Autárquicas", que vão decorrer no final de setembro ou em outubro. Em nome da "clarificação" e que "outras alternativas se possam apresentar".
O Bloco de Esquerda que ainda não elegeu nenhum deputado, perto das 23h, e com mais de 98% dos votos contados, perdeu os dois deputados que tinha elegido pelo Porto. Com o distrito fechado, a AD ganhou um deputado em relação ao ano passado e fica com 15. PS ficou com 11 (menos dois), Chega com nove ganhou dois deputados, IL mantém os dois, Livre sobe para dois (mais um) e a CDU elege um (o mesmo resultado do ano passado).
De fora do Parlamento ficam assim, Marisa Matias e Adriano Campos. O BE perdeu também metade dos votos alcançados: baixou de 51.909 votos para pouco mais de 22.192 votos.
A CDU elegeu para já dois deputados: Paulo Raimundo e Paula Santos, por Lisboa e Setúbal, respetivamente. Foi preciso esperar para lá das 22h30 para a CDU eleger os primeiros deputados destas eleições.
O Bloco de Esquerda falhou a eleição em Braga. Ficou em sexto lugar e foi ultrapassado pelo Livre. A AD ganhou o distrito e elegeu oito deputados, os mesmos do ano passado. PS chegou aos cinco (perdeu um), o Chega elegeu cinco (ganhou um), a IL manteve um deputado.
Segue-se o Livre, que não elege, mas ultrapassou o Bloco de Esquerda por mais de 6.000 votos. O BE tinha apostado em reconquistar um deputado em Braga e candidatou o ex-líder Francisco Louçã por este círculo.
"Mariana! Mariana!", grita-se brevemente na noite eleitoral da IL. O partido elegeu Mariana Leitão por Lisboa e, momentos antes, tinha confirmado a eleição (também esperada) de Carlos Guimarães Pinto pelo Porto. A IL segue com três deputados eleitos, mas falta conhecer o apuramento das freguesias maiores, mais urbanas, onde o partido tem mais expressão.
A sala onde decorre a noite eleitoral do PS continua meio vazia, longe das noites a abarrotar de outras eleições. Inês Medeiros, presidente da câmara de Almada, acaba de chegar, com semblante visivelmente consternado. O núcleo duro do PS de Lisboa, com Davide Amado à cabeça, chegou há minutos. Os poucos notáveis do partido que vão aparecendo dirigem-se para o elevador, com paragem no 12º andar, onde Pedro Nuno Santos está a acompanhar os resultados.
No Alto Minho, a AD conquistou três deputados, roubando um aos socialistas. Em Santarém, a derrota socialista foi ainda maior: o PS passou do primeiro lugar para o terceiro. É a AD que ganha o distrito, cujo cabeça de lista é o ministro da Educação, Fernando Alexandre. Já em Coimbra, a contagem termina também com a AD (34,38%; 4 mandatos) a ultrapassar o PS (27,39%; 3 mandatos). O Chega obteve 18,39%.
A co-porta-voz do Livre Isabel Mendes Lopes assumiu estar "muito preocupada" por as primeiras projeções de resultados para as legislativas mostrarem que "a direita radicalizada" continua em "maré alta".
"Estes resultados preliminares mostram que uma direita radicalizada continua em maré alta e, portanto, essa é uma grande preocupação do Livre", afirmou no Teatro Thalia, em Lisboa, `quartel-general´ do partido para esta noite eleitoral.
Numa curta declaração, a líder parlamentar do Livre garantiu que o partido tudo fará para conquistar esse espaço à direita radicalizada porque o país não cresce, nem é "feliz" com o ódio.
Alguma emoção, moderada e momentânea, na noite eleitoral da IL, com a notícia da eleição de Rui Rocha em Braga. "Rocha! Rocha! Rocha!", gritam alguns dos militantes presentes. Nas salas do palácio de Xabregas, contudo, o ambiente é de morna desilusão com o que parecem ser os resultados da IL, segundo percebeu a SÁBADO a partir de conversas com membros do partido.
A IL pode vir a tornar-se mais relevante na medida em que, somada com a AD, supera a esquerda unida e faz com que o Governo precise apenas da abstenção de um partido "grande" para viabilizar o Orçamento do Estado e outra legislação.
Mas, por aqui, teme-se que o partido tenha batido num teto eleitoral algures entre 5% e 6%. A IL teve 4,94% nas últimas legislativas e elegeu oito deputados. Não está garantido que consiga eleger mais agora, mesmo crescendo um pouco em termos de percentagem de votos.
AD elegeu quatro deputados por Viseu (42,73%). Há um ano, AD e PS elegeram cada um três parlamentares neste círculo eleitoral, desta vez a coligação de direita recuperou terreno. O Chega (22,1%) elegeu dois deputados e o PS outros dois (21,8%).
À medida que são eleitos os primeiros deputados, vamos conhecendo a nova composição da Assembleia da República - e já existem caras novas no Chega. Em Santarém, foram eleitos José Dotti, líder da distrital, e a sua ex-cunhada Catarina Salgueiro, filha do icónico cavaleiro tauromáquico Fernando Andrade Salgueiro.
Como a SÁBADO escreveu num artigo desta semana, numa análise às listas do Chega, são alguns dos estreantes colocados em lugares elegíveis.
O partido Juntos Pelo Povo (JPP), que nas últimas regionais da Madeira foi a segunda força política, entra agora ao parlamento nacional. Elege um deputado, Filipe Sousa.
Recebido em polvorosa, ao som de um cânticos dos jotas com o tom do Volare dos Gipsy Kings, André Ventura agitou os braços. Aos jornalistas, afirmou que o Chega "matou o bipartidarismo": "Tudo indica que é o fim do sistema que temos, da forma como organizámos o nosso sistema desde o 25 de Abril."
Ventura seguiu acompanhado pelo secretário-geral Rui Paulo Sousa e o líder parlamentar Pedro Pinto para o andar de baixo do Marriott, interdita para jornalistas e militantes.
Histórico militante do partido, que pela primeira vez em muitos anos não integrou as listas de deputados, por sua iniciativa, acaba de dizer num espaço de comentário na CNN Portugal que "o Partido Socialista tem de perceber ou acaba com esta direção ou esta direção acaba com o partido".
O PS, segundo todas as projeções à boca das urnas, está em risco de ficar em terceiro lugar, atrás do Chega, e de ter um histórico resultado megativo.
Secretário-geral do PSD e homem da confiança de Luís Montenegro veio dar nova vida ao quartel-general da AD defendendo que "face às projeções que nos foram dadas a conhecer aquilo que podemos constatar é que os portugueses votaram e a AD saiu reforçadíssima deste ato eleitoral".
"Aguardemos o veredito final", continuou Hugo Soares, todavia, repetindo o voto de confiança dos portugueses "no Governo de Portugal e no chefe do Governo".
Uma nota ainda para o resultado do PS com uma diferença "bastante substantiva" para a coligação de direita. Na leitura de Hugo Soares, os portugueses "escolheram de forma inequívoca a AD para continuar a governar os destinos de Portugal"
Pouco depois da 20h30 o Chega e o PS elegeram os primeiros deputados. A AD segue na frente com seis eleitos. O primeiro deputado eleito do Chega é Filipe Melo e o primeiro do PS é José Luís Carneiro. Ambos eleitos pelo círculo de Braga.
A coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, disse estar "muito tranquila" em relação aos resultados das legislativas antecipadas e garantiu que vai celebrar a campanha feita pelo partido "independentemente dos resultados".
"Será, independentemente do resultado, uma noite em que vamos celebrar a campanha que fizemos", afirmou Mariana Mortágua, depois de o BE ter apostado num formato de campanha diferente do habitual, sem arruadas e visitas a feiras e mercados.
À chegada à Casa do Alentejo, em Lisboa, local escolhido pelos bloquistas para quartel-general da noite eleitoral, Mariana Mortágua começou por cumprimentar alguns dos apoiantes presentes e disse estar "contente" por estar num local "tão simbólico".
O cabeça de lista pela AD em Viseu, António Leitão Amaro, foi o primeiro deputado eleito, pouco depois das 20h. O segundo foi também da AD, Hugo Soares, em Braga.
Reunidos à volta dos televisores, militantes celebraram a sondagem Intercampus para a CMTV/NOW como se de um golo futebolístico se tratasse. Afinal, o Chega vai disputar o segundo lugar com o PS. Juntou-se à festa Diogo Pacheco de Amorim, vice-presidente da Assembleia da República, e o líder parlamentar Pedro Pinto, que reagiu ao resultado. "O Chega quebrou definitivamente o bipartidarismo em Portugal", afirmou no palanque.
Em reação às projeção, o deputado sublinha ainda que o partido vai "consolidar o resultado e o número de deputados". "Não sabemos se vamos ficar em segundo ou terceiro. O que sabemos é que o sistema já está a tremer", afirma.
Na noite da IL, no palácio de Xabregas, as projeções das estações de televisão são recebidas com silêncio. As projeções colocam o partido liderado por Rui Rocha a crescer, mas pouco - a IL pode vir a eleger os mesmos oito deputados, segundo a projeção da Intercampus para a CMTV/Now, por exemplo. A soma da AD com a IL não chega, como esperado, para uma maioria absoluta - mas chega para reforçar um pouco a governabilidade, deixando o Governo da AD a precisar da abstenção de um partido (PS ou Chega) para passar legislação e o Orçamento do Estado. O problema nesse cenário, contudo, é o crescimento projetado para o Chega e a postura futura de André Ventura.
Casa cheia no quartel-general da AD. Quando batem as 20h e encerram as urnas ecoa na sala o anúncio do pivô da RTP: "Quem vence estas projeções é a AD". Centenas de militantes, com a juventude social-democrata em peso, gritam "vitória". Não cabem em si de contentes: "O que é isto?"; "valeu, valeu fazer a campanha". Discute-se a derrota socialista, levando as mãos à cabeça com o entusiasmo, e começa-se a constatar que a AD e a IL juntas não conseguem chegar à maioria… mas o tema de conversa muda rapidamente, perante a surpresa do resultado gordo do Chega.
Nem uma mosca se ouve no PS. Projeções à boca das urnas nas televisões, que dão a possibilidade de o PS ser ultrapassado pelo Chega e ficar em terceiro lugar, foram recebidas com absoluto silêncio e preocupação na plateia do Hotel Altis, onde estão pouco mais de vinte pessoas do partido. Essencialmente, militantes mais velhos e militantes da JS. Não há nenhuma cara conhecida presente, com exceção de João Paulo Saraiva, ex-vice presidente de Fernando Medina na Câmara Municipal de Lisboa.
No momento em que encerraram as urnas, começa-se a encher a sala Nova Iorque do Hotel Marriott, em Lisboa, onde se instalou o quartel-general do Chega para a noite eleitoral. Ainda a meio gás, expectantes pelas projeções à boca das urnas, vários dirigentes do Chega, como o líder da bancada parlamentar, Pedro Pinto, vão subindo para pisos superiores, onde a cúpula acompanhará a noite eleitoral e aguarda por André Ventura, na missa desde as 19h.
As primeiras palavras vieram do deputado Rui Paulo Sousa, secretário-geral do partido. E Rui Paulo Sousa espera que o valor da abstenção seja inferior ao do ano passado: "Os portugueses viram estas eleições com bastante preocupação, saudamos não ter havido qualquer problema", diz.
A sondagem da Intercampus para a CMTV/NOW dá a AD com 30,9% a 36,9%. PS pode ficar entre os 19,4% e os 25,4%. Já o Chega andará entre os 20,6% e os 26,6%, ou seja, pode passar a ser a segunda força política em Portugal.
Seguem-se Iniciativa Liberal, Livre, CDU, Bloco de Esquerda, PAN e JPP. Segundo estes dados, a AD pode eleger entre 87 e 99 deputados, o PS entre 52 e 62, o Chega entre 57 e 67, a IL entre 5 e 11, o Livre entre 2 e 8, a CDU entre 1 e 5, o BE entre 0 e 3 e o PAN e JPP entre 0 e 2.
A sondagem Intercampus para a CMTV/NOW foi realizada no dia 18 de maio de 2025, com o objetivo de identificar o resultado da votação para as eleições Legislativas em 2025. Universo constituído por eleitores que participaram no ato eleitoral. Com recolha através de simulação de voto em urna, a amostra é constituída por 23.365 entrevistas, recolhidas em 25 freguesias de Portugal Continental. O erro de amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é de mais ou menos 0,6%. Os resultados da projeção são diretamente obtidos a partir de uma sondagem realizada pela INTERCAMPUS.
Chegou pelas 19h24. Luís Montenegro vinha acompanhado pela mulher e pelos dois filhos, e não quis prestar declarações aos jornalistas. Disse apenas estar confiante e - questionado sobre os primeiros dados da abstenção, que apontam para valores na ordem dos 36 a 42%, segundo prospeção da universidade Católica para a RTP - preferiu o silêncio. No hall de entrada do Sana, aguardavam o líder da AD mais de meia centena de militantes.
Carlos César, António Mendonça Mendes e Marina Gonçalves também ja chegaram ao Altis e subiram até à situation room do partido, onde está Pedro Nuno Santos. É lá que vão aguardar as projeções à boca das urnas das televisões.
Isabel Moreira e Alexandra Leitão já chegaram também. Alexandra Leitão lamenta subida da abstenção e quanto aos resultados diz que "até ao fim é preciso esperar" e que "as sondagens tendem a subestimar o PS". Diz que Pedro Nuno Santos tem apenas um ano e meio na liderança do partido e não fala em cenários de sucessão em caso de derrota do PS hoje.
Depois de encerradas as urnas em Portugal Continental e na Madeira - nos Açores fecham uma hora mais tarde por causa da diferença horária - começaram a sair as primeiras projeções em relação à abstenção. A da Intercampus para a CMTV/NOW coloca a abstenção entre os 40,7 e os 45,7%, a registarem-se estes dados será mais elevado do que nas legislativas do ano passado, quando a abstenção ficou pelos 40,2%.
A projeção dada pela CNN Portugal aponta uma taxa de abstenção entre os 41,5% e os 47,7%, de acordo com a projeção da Pitagórica. Mais reduzida é a projeção dada pela Universidade Católica para a RTP: entre os 36 e os 42%. Também a da SIC/Expresso aponta para uma maior afluência às urnas do que no ano passado: entre os 34,7 e os 39,7%.
Segundo a Secretaria Geral do MAI, a afluência às urnas até às 16h era de 48,28%, inferior aos 51,96% do ano passado.
As mesas de voto para as eleições legislativas antecipadas encerraram às 19h em Portugal Continental e na Madeira, fechando uma hora depois nos Açores, devido à diferença horária.
Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar para as eleições legislativas antecipadas de hoje 10,8 milhões de eleitores.
No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais - 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e Fora da Europa -, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 26,5 milhões de euros.
Pedro Nuno Santos acaba de chegar ao hotel Altis, onde o seu futuro político vai decidir-se nas próximas horas. Disse aos jornalistas estar com "muita tranquilidade, à espera de conhecer os resultados". "Não estou nervoso, estou só expectante. Como sabem, no ano passado tivemos resultados à boca das urnas muito diferentes dos resultados finais".
Boa tarde a partir do Palácio de Xabregas, em Lisboa, o local histórico escolhido pela Iniciativa Liberal (IL) para esta noite. A IL não fixou nenhuma meta específica para estas legislativas a não ser crescer em percentagem e em número de deputados. As sondagens agregadas sugerem que o partido liderado por Rui Rocha pode bater os 4,94% conseguidos nas eleições de 2024 – a expectativa ronda os 6% – e aumentar o grupo parlamentar para mais do que os atuais oito deputados. Leiria é um distrito onde os liberais podem eleger pela primeira vez.
Os arranjos governamentais após esta noite eleitoral podem passar pela IL. Caso a AD vença as eleições, será relevante perceber se uma maioria da AD com a IL supera a votação de toda a esquerda unida – esse cenário deixaria o Governo dependente apenas da abstenção do Chega ou do PS para viabilizar o Orçamento e demais legislação. De caminho tornaria, pela primeira vez, os liberais relevantes para a estabilidade governativa – Rui Rocha admitiu, em entrevista à SÁBADO, que isso poderia tomar a forma de uma coligação governamental ou de um arranjo parlamentar. Já o cenário de uma maioria absoluta formada pela "ADIL" parece remoto. Na IL, as expectativas são altas – veremos o que dizem os resultados.
Uma nota sobre o local que a IL escolheu como palco da sua noite eleitoral: o Palácio de Xabregas, construído no final do século XVI, foi o palco da maioria das reuniões dos chamados conjurados de 1640, o grupo de fidalgos nacionalistas que conspiraram para derrubar o domínio da corte espanhola em Portugal e repor a independência do reino em 1640. É um edifício sobrevivente do grande terramoto de 1755. Numa escala mais modesta de eventos, os liberais esperam hoje que este seja o palco de uma conquista eleitoral histórica.
À chegada ao Epic Sana no Marquês de Pombal, o líder do CDS disse aos jornalistas que "aparentemente a abstenção é maior que no ano passado, mas é muito cedo para fazer uma avaliação concreta". Nuno Melo foi o primeiro líder da AD a chegar ao quartel general da coligação. A chegada de Montenegro está prevista por volta das 19h.
O Presidente da República fez novo apelo à participação dos portugueses nas eleições legislativas antecipadas de hoje e afirmou que tenciona convocar os partidos na segunda-feira, para os ouvir "calmamente, serenamente" ao longo da semana.
Marcelo Rebelo de Sousa saiu a pé do Palácio de Belém, em Lisboa, perto das 17h e falou à RTP na Calçada da Ajuda, insistindo no apelo à participação eleitoral que fez no sábado, na habitual comunicação ao país em vésperas de eleições.
"Quem puder, ainda são cinco da tarde, tem uma hora e meia, duas horas para votar. E eu insisto muito em que as pessoas que possam votar e queiram votar não percam a oportunidade", declarou.
Quanto à formação do próximo Governo, o chefe de Estado adiantou que tenciona convocar os partidos que obtenham assento parlamentar "amanhã mesmo" [segunda-feira] para "ao longo da semana os ir recebendo" e "calmamente, serenamente, os ouvir na leitura da vontade dos portugueses".
O BE/Madeira apresentou hoje uma queixa na Comissão Nacional de Eleições contra o presidente do Governo Regional, o social-democrata Miguel Albuquerque, argumentando que o governante divulgou um vídeo de apelo ao voto na Aliança Democrática (AD). "Tal apelo e ato de propaganda política no dia de eleições constitui uma violação grosseira da Lei Eleitoral para a Assembleia da República, agravada ainda mais por ter sido proferida por um alto titular de cargo político", afirma o BE.
A afluência às urnas até às 16h de hoje foi de 48,28%, segundo dados publicados no site do Ministério da Administração Interna. O ano passado, por esta hora, já 51,96% dos eleitores tinham votado.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, terá violado a lei eleitoral ao divulgar este domingo um vídeo no Facebook onde apelava ao voto na Aliança Democrática (AD). Segundo o Diário de Notícias, a mensagem esteve disponível durante uma hora no Facebook, mas depois foi apagada. Ainda assim, foram várias as pessoas que viram esta publicação e enviaram queixas à Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Os dados relativos à afluência às urnas até às 16 horas estão prestes a serem conhecidos. Serão divulgados às 17h no site do Ministério da Administração Interna.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) alertou este domingo que "os votos para serem considerados válidos só podem conter a cruz no quadrado a seguir ao símbolo da candidatura em que o eleitor pretende votar". Num comunicado este domingo divulgado sobre o preenchimento do boletim de voto, a CNE precisa que "o boletim de voto que contenha outros elementos - por exemplo, em que tenha sido assinalado mais do que um quadrado, em que tenha sido feito qualquer corte, desenho ou rasura ou em que tenha sido escrita qualquer palavra, - é considerado nulo".
Um movimento cívico de Braga, queixou-se hoje de ter sido proibido pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) de usar, sábado e hoje, t-shirts com apelos à ida às urnas, no âmbito da uma campanha contra a abstenção. O coordenador do Movimento de Cidadania contra a Indiferença, Paulo Sousa, disse à Lusa estar "espantado" com a decisão da CNE e que já recorreu para tribunal. "O apelo que fazemos nas t-shirts é em tudo idêntico ao que fez ontem [sábado] o Presidente da República e ao que estão a fazer hoje os vários líderes partidários. A própria CNE fez publicar nos jornais um anúncio em tudo idêntico. Trata-se, apenas e só, de um apelo à ida às urnas, no âmbito de uma campanha contra a abstenção que temos vindo a desenvolver", referiu.
A afluência às urnas até às 12h foi de 25,56%, segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI). No ano passado, por esta hora, já haviam votado 25,21% dos eleitores incritos.
O ex-Presidente da República Cavaco Silva defendeu hoje que votar é um dever, que na situação que se vive no mundo Portugal precisa de estabilidade para resolver "graves problemas" e exigiu competência a todos os governantes.
"Cabe hoje aos eleitores decidir em consciência quem consideram mais capaz para liderar o governo de Portugal. Faço votos para que os portugueses em geral não deixem de cumprir o seu direito de votar", afirmou Cavaco Silva.
O ex-Presidente da República disse ainda que na situação internacional "muito complexa, muito incerta, muito exigente aos governantes", votar "não é apenas um direito, é um dever" e por isso, espera que uma "grande maioria" vote hoje.
O líder do PS, Pedro Nuno Santos, revelou este domingo que o autarca do PS, Miguel Coelho, foi agredido por um apoiante do Chega. O incidente ocorreu durante esta manhã, pelas 10h30, quando o presidente da Freguesia de Santa Maria Maior se preparava para votar. Segundo a SIC Notícias, o autarca deverá fazer ainda hoje uma participação na PSP. "Acabei de ser agredido por um indivíduo que me chamou 'amigo dos monhés' e atirou-me ao chão com uma 'pazada' na cara. Gritou 'vota Chega'", escreveu na sua conta do Facebook. Ainda de acordo com a SIC Notícias, o alegado agressor seria um antigo funcionário desta junta de freguesia.
O líder do Chega, André Ventura, votou pelas 12h de hoje no Parque das Nações, em Lisboa. Aos jornalistas, Ventura começou por falar sobre o seu estado de saúde, mas rapidamente passou a abordar a importância da "saúde da democracia". "Jé me sinto melhor. Tive a oportunidade de descansar e ontem tive a oportunidade de falar com o médico e [vou ter] de fazer outros exames. Mas hoje é a saúde da democracia que importa", afirmou. "Acho que todos devem votar. Não deixem que os outros escolham por vocês." Sobre o autarca do PS, Miguel Coelho, que terá sido agredido por um votante do Chega, disse: "Hoje é dia de votar, mas não é com comportamentos impróprios. Manifestem-se pela forma democrática. Com firmeza, mas com calma. Cumpram as regras."
O secretário-geral do PS votou pelas 11h45 de hoje, em Telheiras, e chegou às urnas acompanhado pelo filho, Sebastião. Votou no mesmo local que Inês Sousa Real. "Vamos esperar que os portugueses votem e participem. Esta foi uma das maiores conquistas do nosso povo. É a arma do Povo", declarou. "O Sebastião acompanha a nossa vida democrática desde que nasceu e, por isso, vem sempre acompanhar a família. [É importante] que não deixemos para os outros a decisão que nós queremos". Em declarações aos repórteres, Pedro Nuno Santos fez ainda questão de abordar um episódio de violência que terá ocorrido este domingo com um deputado do PS. "Temos de responder com firmeza a qualquer tipo ato de violência."
O ministro da Defesa, Nuno Melo, votou pelas 11h45 de hoje, no Porto.
A líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, entretanto também já votou. Nas declarações aos jornalistas, lembrou os 50 anos de democracia e apelou ao voto. "Temos de votar para mudar a nossa vida. Ainda estamos a tempo, são 11h30. O meu apelo é que todos votem. São 50 anos em que as mulheres votaram pela primeira vez em Portugal."
A líder do PAN, Inês Sousa Real, votou este domingo pelas 11h30, em Lisboa. Aos jornalistas, frisou a importância do voto. "É importante que as pessoas participem e venham até às urnas. Hoje é um dia muito importante para a democracia. É importante para combatermos a abstenção. Esta é uma oportunidade única para darem voz àquilo que acreditam."
As eleições legislativas estão a decorrer com normalidade, apenas com algumas queixas relativas a atrasos no início da votação presencial, devido à necessidade de lançar em urna os votos antecipados, disse à Lusa fonte da Comissão Nacional de Eleições.
"Neste momento não temos informação nenhuma de boicotes, está tudo a correr na normalidade. Há pequenos incidentes pontuais, mas normais nas eleições", afirmou o porta-voz da CNE, André Wemans. "Temos algumas queixas de eleitores, que têm de esperar pela contagem [dos votos postais], mas a mesa quando faz isso já está aberta", precisou a mesma fonte.
O presidente da Iniciativa Liberal votou este domingo em Braga. Aos jornalistas disse que espera que haja "uma afluência às urnas em massa". "Há 50 anos votámos pela primeira vez em Portugal em liberdade e portanto a renovação da ida às urnas é sempre uma homenagem a esse primeiro momento em liberdade que ocorreu há 50 anos."
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, votou este domingo pelas 10h, em Lisboa. Em declarações aos jornalistas, fez um apelo ao voto. "É um direito que temos e que se não exercemos vai desvalorizar. É pelo bem de todos e é tão simples e ajuda tanto a que tenhamos uma democracia melhor."
O líder do PSD, Luís Montenegro, e o líder do PCP, Paulo Raimundo, já votaram.
Enquanto que Montenegro se deslocou à escola básica de Espinho acompanhado da mulher, Carla Montenegro, para votar, Raimundo votou na escola básica de Alhos Vedros, na Moita, por volta das 9h35.
"A expectativa é que exista uma boa participação dos portugueses", afirmou Montenegro aos jornalistas.
"Prognósticos só depois do jogo", declarou Raimundo.
A ecologia da política mudou muito com o aparecimento do Chega, em conjunto com o papel político crescente das redes sociais.
As notícias da morte do jornalismo foram muito exageradas. Estranhamente, vive e até se recomenda.
Recordamos a vida e os feitos do Rei, em cujo reinado se chegou à Índia e ao Brasil. E ainda: o diálogo Chega-PSD e as histórias das pessoas que têm hobbies extremos.
No fundo, o “sempre em pé” pode ser também a imagem de um país que já caiu de cabeça ao chão mil vezes, mas insiste em levantar-se.
