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Marta Temido: "Pico da pandemia depende da resposta dos cidadãos"

14 de março de 2020 às 21:25
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Ministra da Saúde apelou à adoção de comportamentos responsáveis. "Há um mínimo de consideração. Se um jovem adoecer poderá não morrer, mas poderá causar a morte ao seu avô ou à sua avó", alertou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

A ministra da Saúde, Marta Temido, disse hoje que o pico da pandemia do Covid-19 está dependente da resposta dos cidadãos e apelou à adoção de comportamentos responsáveis, que permitam combater a transmissão da doença.

"Nós sabemos que estamos na curva descendente, mas não sabemos quanto tempo é que esse movimento vai durar. Sabemos é que esse comportamento da curva depende da adesão de cada um de nós aos comportamentos adequados", afirmou aos jornalistas a governante.

Em conferência de imprensa conjunta com a Diretora Geral de Saúde, Graça Freitas, e com o presidente do Infarmed, Rui Ivo, a ministra da Saúde admitiu que "as próximas semanas vão ser duras" e apelou por várias vezes à adoção de comportamentos responsáveis.

"A velocidade com que a curva sobe depende muito de nós. Poderá subir mais lentamente se nos comportarmos adequadamente. E isso é importante porque permite ao sistema de saúde reagir com mais tranquilidade àquilo que é a necessidade de cuidados", argumentou.

No mesmo sentido, a Diretora Geral de Saúde referiu que "os idosos são a população mais vulnerável" e pediu aos jovens que sejam mais compreensíveis com a situação, que "exige sacrifícios de todos".

"Não estamos a impor isolamento obrigatório, mas há um mínimo de consideração. Se um jovem adoecer poderá não morrer, mas poderá causar a morte ao seu avô, à sua avó, ao seu tio-avô ou tia-avó, alertou Graça Freitas.

Por outro lado, a ministra da Saúde pediu ainda a todos os profissionais de saúde para que preencham todos os dados que façam parte do Sistema Nacional de Apoio à Vigilância Epidemiológica (SINAVE)

O SINAVE é um sistema de vigilância em saúde pública, que identifica situações de risco, recolhe, atualiza, analisa e divulga os dados relativos a doenças transmissíveis e outros riscos em saúde pública, bem como prepara planos de contingência face a situações de emergência ou tão graves como de calamidade pública.

"Essa é uma arma importante para combater a doença porque permite estudá-la melhor, conhecê-la melhor e antecipar mais corretamente aquilo que nos espera", explicou.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.700 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 151 mil pessoas, com casos registados em mais de 137 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 169 casos confirmados.

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