Sábado – Pense por si

"Houve uma espécie de cultura de esquecimento oficial para não evocar o Tarrafal"

Sofia Parissi
Sofia Parissi 01 de maio de 2024 às 10:00

Investigador Víctor Barros é um dos envolvidos nas cerimónias que decorrem em Cabo Verde para assinalar a libertação do "campo da morte lenta". "Há um pudor moralista de silenciamento daquilo que foi o Tarrafal", denuncia.

As celebrações dos 50 anos da libertação do campo de concentração do Tarrafal têm início esta quarta-feira, 1 de maio, na ilha de Santiago, em Cabo Verde. O investigador Víctor Barros, que irá conduzir uma conferência sobre o tema, frisa àSÁBADO: "O Tarrafal não é algo que diz apenas respeito à repressão política, mas diz respeito sobretudo a uma história de resistência dos combatentes, dos combatentes antifascistas, dos combatentes anticolonialistas e dos independentistas africanos que conectaram o anticolonialismo com o antifascismo".

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.