A Liga dos Bombeiros Portugueses considera que há uma redução de bombeiros voluntários em algumas regiões do País, o que dificulta a disponibilidade durante no dia em funções de socorro.
Gregório Cunha
"Constata-se que em algumas regiões do País existe redução de bombeiros voluntários e também dificuldades de disponibilidade durante o dia para o desempenho das funções inerentes ao socorro", refere a LBP num documento aprovado no conselho nacional deste organismo esta sexta-feira.
No relatório Análise dos bombeiros ao dispositivo especial de combate a incêndios florestais e consequentes propostas para 2017, a LBP sublinha que "não é atractiva a compensação atribuída aos bombeiros que compõem os grupos intervenientes" no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), o que leva "à falta de pessoal em várias zonas do território".
Na análise aos fogos florestais de 2016, a LBP apontou como um dos "pontos fracos" a exploração da imagem dos bombeiros em muitos teatros de operações," onde após demasiadas horas de trabalho descansam sem condições logísticas adequadas".
Segundo a Liga, em 2016 existiu uma "total inexistência de incentivos" ao bombeiro voluntário.
A LBP indica também que, durante o combate aos incêndios em 2016, existiu um "excesso de meios" em alguns teatros de operações e "falta em alguns outros", bem como "a triangulação de meios mal planeada", que provocou "desgaste ao dispositivo".
Um pré-posicionamento dos meios "inadequados ao espaço e ao tempo" e a "falta de meios aéreos pesados em alguns teatros de operações, nomeadamente indefinição de disponibilidade dos helicópteros Kamov, são outros "pontos fracos" apontados pela LBP.
Os bombeiros constataram também que as viaturas todo-o-terreno não se encontram preparadas para efectuarem deslocações em grandes distâncias pelos seus próprios meios, que há falta de postos de abastecimento de água, de limpeza de estradas e caminhos rurais e de vigilância e detecção atempada.
A LBP destaca que o DFECIF 2016 "contemplou no seu dispositivo um maior número de recursos humanos, aéreos, terrestres e equipamentos", no entanto, "não foi isento de falhas", que é necessário corrigir "de forma concreta e objectiva para o DECIF 2017 e anos seguintes.
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