Sábado – Pense por si

Foi à Ponte Salazar a 6 de Agosto de 1966? José Nunes foi

Sara Capelo
Sara Capelo 06 de agosto de 2016 às 08:00

O motorista de Seia foi o primeiro a atravessar a nova travessia do Tejo há 50 anos. Salazar teria uma preocupação: que as letras do seu nome não caíssem

Ao início de uma tarde muito quente, um Morgan 850 verde atravessou sozinho a ponte sobre o rio Tejo. Ao volante, Carlos Ferreira Brás, de 33 anos, "olhava para um lado e para o outro a ver a paisagem". Consigo no carro seguiam Leonel Nogueira e José Nunes; a mulher e a filha tinham ficado em casa. Ao chegar ao fim do tabuleiro, um homem mandou-o parar. Era o ministro das Obras Públicas, Arantes e Oliveira, que lhe perguntou de onde vinha e o que fazia: vinha de Seia e era motorista de uma fábrica de lanifícios. Depois, deu-lhe um livro, uma placa e uma medalha que assinalava o seu feito: tinha sido o primeiro a atravessar a ponte Salazar (actual ponte 25 de Abril). Foi a 6 de Agosto de 1966, faz este sábado, dia 6, 50 anos.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.

Gentalha

Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.