Há muita coisa sobre Portugal que se pode perceber quando se vê a evolução do material de propaganda eleitoral, evolução mais considerável do que se pensa. Após o 25 de Abril houve uma década de ouro para o panfleto e o autocolante, ambos em clara decadência. O panfleto físico praticamente desapareceu a favor da presença nas redes sociais, no Facebook em particular
Escrevo esta nota a meu favor, ou melhor a favor do ARQUIVO EPHEMERA, convencido de que, neste caso, o meu favor é de interesse público. Existem em Portugal 308 concelhos e 3.091 freguesias e estamos em pleno nas eleições autárquicas. O número de campanhas diferentes é muito elevado, com pelo menos quatro partidos ou listas independentes por concelho, e duas ou três, pelo menos, nas freguesias. Bem vistas as coisas são mais de uma dezena de milhares de campanhas em curso pelo País todo, com muitas dezenas de milhares de pessoas envolvidas nestas eleições, aquelas em que a participação directa, não apenas como eleitor, mas como participante em listas, envolve o maior número de portugueses e mesmo alguns estrangeiros que vivem em Portugal. A política chega, nestes dias, a locais de onde está quase sempre ausente, e numa forma de proximidade sem paralelo com qualquer outra eleição. No sentido em que há possibilidade de grupos de cidadãos apresentarem listas nestas eleições, em contraste com as eleições legislativas em que existe um monopólio partidário, há mais oportunidade de escolha.
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O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.