Tancos: Dois ex-investigadores arguidos no processo ouvidos à porta fechada na AR
Os dois investigadores ouvidos à porta fechada foram constituídos arguidos no âmbito da Operação Hubris.
O sargento Mário Lage de Carvalho e o major Pinto da Costa vão ser esta terça-feira ouvidos à porta fechada na comissão de inquérito ao furto deTancos, a requerimento do advogado, que invocou a sua condição de arguidos.
O requerimento do advogado dos dois ex-investigadores daPolícia Judiciária Militar[PJM] foi aprovado no início da reunião da comissão parlamentar de inquérito, com os votos favoráveis de todos os deputados presentes.
As audições daqueles ex-investigadores vão ser as primeiras a decorrer à porta fechada na comissão de inquérito. O advogado invocou "a circunstância de ambos terem sido constituídos arguidos", a necessidade da "salvaguarda de direitos fundamentais" e o facto de o processo estar em segredo de justiça.
Segundo o requerimento, os dois ex-investigadores receiam que a divulgação das suas declarações "fora do âmbito da comissão de inquérito os possa colocar em risco sério de ofensa à sua integridade física".
Segundo o diretor da Polícia Judiciária, Luís Neves, o major Pinto da Costa foi o investigador da Polícia Judiciária Militar que terá desvalorizado uma informação, que a PJ lhe passou três meses antes, de que estaria a ser preparado um furto em instalações militares.
"A conclusão é que o senhor major Pinto da Costa não terá credibilizado e transmitido a informação à hierarquia", declarou Luís Neves, quando foi ouvido na comissão de inquérito, no dia 26 de março.
Os dois investigadores hoje ouvidos à porta fechada foram constituídos arguidos no âmbito daOperação Hubris, que investigou indícios de que o aparecimento do material militar, quatro meses depois, foi forjado em conivência entre elementos da Polícia Judiciária Militar e o presumível autor do furto.
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