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Tancos: Chefe do Estado-Maior do Exército afirma-se "tranquilo e sereno"

02 de outubro de 2018 às 18:13

Rovisco Duarte rejeitou que o seu nome esteja "beliscado" com o caso da recuperação das armas furtadas em Tancos. "Estou tranquilo e sereno", afirmou.

O chefe do Estado-Maior do Exército manifestou-se "tranquilo", afirmando que "nada tem a ver com o assunto", após questionado se considera que o seu nome está "beliscado" com o caso da recuperação das armas furtadas em Tancos. "Estou tranquilo e sereno", afirmou Rovisco Duarte, à saída da cerimónia que assinalou o ingresso de novos oficiais no Quadro Permanente da GNR, em Lisboa, esta terça-feira.

Questionado pelaSICsobre se considera que o seu nome está "beliscado", na sequência dos desenvolvimentos da investigação à recuperação do material de guerra furtado em Tancos, Rovisco Duarte disse que não tem nada a ver com o assunto. "Não tenho nada a ver com o assunto, é a única coisa que posso dizer nesta fase", disse, recusando prestar mais declarações.

Domingo, os jornaisCorreio da ManhãeObservadorreferiram a existência de escutas que implicam o nome de Rovisco Duarte no caso da alegada encenação, pela Polícia Judiciária Militar (PJM), da recuperação das armas e munições furtadas em Tancos.

Citada peloObservador, a porta-voz do Exército disse, no domingo, que o ramo "não teve qualquer envolvimento ou participação no processo que levou à recuperação do material de guerra". A porta-voz sublinhou, ainda, que o Exército "desconhece" os contornos da investigação.

Em 25 de Setembro, a Polícia Judiciária deteve, no âmbito da Operação Húbris, que investiga o caso da recuperação, na Chamusca, em Outubro de 2017, das armas furtadas em Tancos, o director e outros três responsáveis da PJM, um civil e três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé.

Na segunda-feira chegou a Portugal e foi detido o major Vasco Brazão, que foi porta-voz da PJM e estava em missão na República Centro-Africana.

Segundo o Ministério Público, em causa estão "factos susceptíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, receptação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".

O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desactivada - foi revelado no final de Junho de 2017. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

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