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Sporting: Dois dos arguidos em prisão preventiva passam para prisão domiciliária

27 de junho de 2019 às 14:38

Mantêm-se em prisão preventiva 36 dos 44 arguidos do processo do ataque à Academia do Sporting, segundo o Tribunal de Instrução Criminal do Barreiro.

Dois arguidos do processo do ataque à Academia do Sporting passaram para prisão domiciliária, mantendo-se em prisão preventiva 36 dos 44 arguidos do processo, segundo oTribunal de Instrução Criminal(TIC) do Barreiro.

A procuradora doMinistério Público(MP) Cândida Vilar tinha promovido junto do juiz de instrução criminal Carlos Delca que os arguidos João Quaresma, Jorge Serrão de Almeida e Paulo Patarra passassem a ter a medida de coação de obrigação de permanência na habitação com pulseira eletrónica.

Fonte do TIC do Barreiro explicou esta quinta-feira à agência Lusa que Carlos Delca decidiu alterar a medida de coação do arguido João Quaresma, que assim passa para prisão domiciliária. Em relação aos outros dois arguidos, o juiz aguarda ainda que cheguem os relatórios sociais para depois decidir se, também nestes casos, dá provimento ao pedido do MP.

O TIC doBarreiroacrescentou que o juiz de instrução criminal decidiu alterar a medida de coação do arguido Miguel Filipe Ferrão, passando também para prisão domiciliária.

Com estas decisões, mantêm-se em prisão preventiva 36 dos 44 arguidos no processo, incluindo o líder da claqueJuventude Leonina(Juve Leo), Nuno Vieira Mendes, conhecido como 'Mustafá', que viu em 06 de junho o Supremo Tribunal de Justiça negar-lhe uma providência de 'habeas corpus' (pedido de libertação imediata) e o ex-oficial de ligação aos adeptos Bruno Jacinto.

O antigo presidente da claque Juve Leo Fernando Mendes mantém-se ainda em prisão preventiva, uma vez que o juiz Carlos Delca ainda não decidiu sobre o requerimento apresentado pela procuradora Cândida Vilar, no qual pede que este arguido seja posto em liberdade, com base num problema de saúde grave.

Aos arguidos que participaram diretamente no ataque à Academia doSporting, em Alcochete, em 15 de maio de 2018, o MP imputa-lhes na acusação a coautoria de crimes de terrorismo, de 40 crimes de ameaça agravada, de 38 crimes de sequestro, de dois crimes de dano com violência, de um crime de detenção de arma proibida agravado e de um de introdução em lugar vedado ao público.

O antigo presidente do clube Bruno de Carvalho, Mustafá e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos, estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 de ofensa à integridade física qualificada, de 38 de sequestro, de um crime de detenção de arma proibida e de crimes que são classificados como terrorismo, não quantificados. Mustafá está também acusado de um crime de tráfico de droga.

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