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Representante da República vai indigitar Albuquerque como presidente do Governo Regional da Madeira

Lusa 28 de maio de 2024 às 18:49

Ireneu Barreto considerou que a solução conjunta de PS e JPP "não tem qualquer hipótese de ter sucesso".

O representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, anunciou esta terça-feira que vai indigitar Miguel Albuquerque (PSD) como presidente do Governo Regional, considerando que a solução conjunta de PS e JPP "não tem qualquer hipótese de ter sucesso".

Miguel Albuquerque

Ireneu Barreto disse que o líder do PSD/Madeira vai ser indigitado na quarta-feira às 12h00 no Palácio de São Lourenço, a residência oficial do representante da República no Funchal, explicando que a escolha se deve ao facto de considerar que "terá todas as condições de ver o seu programa aprovado na Assembleia Legislativa".

Sobre a solução conjunta de PS e JPP, o representante da República indicou que "não tem qualquer hipótese de ter sucesso na Assembleia Legislativa".

Ireneu Barreto recebeu hoje os sete partidos com representação parlamentar, após as eleições regionais de domingo, por ordem crescente de votação: PAN (um deputado), IL (um), CDS-PP (dois), Chega (quatro), JPP (nove), PS (11) e PSD (19).

Nas eleições de domingo, o PSD de Miguel Albuquerque (presidente do executivo madeirense desde 2015) voltou a vencer as legislativas regionais e elegeu 19 deputados, afirmando-se disponível para assegurar um "governo de estabilidade", mas o PS considerou haver margem para construir uma alternativa.

Na segunda-feira, o PS e o JPP anunciaram "uma solução de governo conjunta" no arquipélago, a apresentar ao representante da República na Madeira, apelando à participação dos restantes partidos, à exceção do PSD e do Chega, "de modo a construir um apoio parlamentar mais robusto".

Esta terça de manhã, antes de serem recebidos pelo representante da República para a Madeira, os líderes regionais do PSD, Miguel Albuquerque, e do CDS-PP, José Manuel Rodrigues, estiveram reunidos na Quinta Vigia, no Funchal, tendo estabelecido um acordo de apoio parlamentar.

As eleições antecipadas na Madeira ocorreram oito meses após as anteriores legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

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