Secções
Entrar

"Príncipe do ilhéu da Pontinha" foi detido pela GNR da Madeira

25 de setembro de 2017 às 15:22

Renato Barros foi constituído arguido pelo crime de desobediência aos agentes da autoridade

O "Príncipe da Pontinha", Renato Barros, foi detido esta manhã pela GNR da Madeira. A ordem de detenção foi emitida por o auto-intitulado "príncipe do ilhéu da Pontinha" se ter oposto a uma ordem de execução judicial de encerramento de instalações no ilhéu.

1 de 6
Foto: Joana Sousa / ASPress
Foto: Joana Sousa / ASPress
Foto: Joana Sousa / ASPress
Foto: Joana Sousa / ASPress
Foto: Joana Sousa / ASPress
Foto: Joana Sousa / ASPress

"A GNR foi dar apoio a uma diligência processual para proceder ao encerramento das instalações [no ilhéu] e a detenção dá-se no momento em que o senhor Renato Barros se opôs à decisão", explicou Marco Nunes, o porta-voz da GNR da Madeira.

O detido saiu algemado do "Principado" e foi levado ao comando territorial da GNR no Funchal, onde foi constituído arguido pelo crime de desobediência aos agentes da autoridade. Entretanto foi já libertado e o processo foi remetido para o Ministério Público.

Veja abaixo Renato Barros a ser conduzido pela GNR.


A história do "principado da Pontinha" remonta a Agosto de 1903, quando o rei de Portugal, D. Carlos I, procedeu, mediante Carta Régia, à venda em hasta pública do Forte de São José, localizado num pequeno ilhéu junto ao porto do Funchal.

Quase cem anos depois, em Outubro de 2000, o imóvel foi adquirido por Renato Barros, sem este saber inicialmente que a Carta Régia documentava não só a venda da propriedade, como também o domínio do ilhéu.

Foi assim que o professor decidiu auto-denominar-se "príncipe do ilhéu da Pontinha".

O "principado" teve já alguns episódios marcantes, como, por exemplo, em Fevereiro de 2017, quando José Manuel Coelho, deputado eleito à Assembleia Legislativa Regional, foi pedir "asilo político" ao auto-proclamado príncipe, para fugir à prisão de um ano a que tinha sido sentenciado.

"Vim fugido da República Portuguesa porque me querem prender aos fins de semana", declarou José Manuel Coelho numa chegada encenada àquele rochedo que o proprietário Renato Barros auto-proclamou independente, acrescentando: "A República Portuguesa pode roubar-me o salário e tudo o que tenho, mas não me pode roubar o sentido de humor e o desejo de liberdade".

Na altura, o deputado regional também exibiu um suposto bilhete de identidade "emitido e assinado pelo príncipe Renato I".

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela