Secções
Entrar

Portugal tem baixa taxa de discriminação étnica-racial

28 de novembro de 2018 às 12:49

Estudo envolveu mais de 5.800 imigrantes e descendentes de imigrantes de descendência africana em todos os países da União Europeia.

Portugal tem uma baixa taxa de discriminação étnica-racial, defende a Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia, num relatório, divulgado esta quarta-feira, baseada em respostas de imigrantes africanos e seus descendentes residentes na União Europeia.

O estudo envolveu mais de 5.800 imigrantes e descendentes de imigrantes de descendência africana em todos os países da União Europeia.

Segundo o Alto Comissariado para as Migrações (ACM), o relatório "Being Black in the EU" apresenta dados positivos sobre Portugal, nomeadamente uma reduzida taxa de violência e vitimização motivadas pelo racismo e uma boa integração no mercado de trabalho.

O relatório, baseado em 525 respostas ao inquérito, mostra que houve aspectos que melhoraram, concretamente no que se refere à qualidade de trabalho das mulheres, à capacitação e empregabilidade dos jovens e às condições de habitação.

Na análise, baseada em respostas de imigrantes africanos e seus descendentes residentes na União Europeia, Portugal apresenta a mais baixa taxa de violência e vitimização motivadas pelo racismo (2%), enquanto a Finlândia é o país da UE onde a taxa de violência motivada por racismo é mais elevada (14%) e a Áustria surge com a maior taxa de vitimização motivada por racismo (11%).

Na área laboral, Portugal é o Estado membro que apresenta a taxa de trabalho com rendimentos mais elevados (76%) e em que mais mulheres estão inseridas no mercado de trabalho (65%).

Segundo o ACM, Portugal é o único país incluído neste inquérito que demonstra uma taxa de trabalho remunerado mais elevada que a taxa de emprego para a população geral e como o país da UE onde os não-nacionais demonstram uma elevada taxa de emprego remunerado (77% face à média de 63% dos restantes países).

Os resultados mostram, contudo, que Portugal precisa de melhorar as políticas destinadas aos jovens que não estão nem a trabalhar nem a estudar ou em formação (23%).

O relatório da FRA resulta de um inquérito aplicado na Alemanha, Áustria, Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Portugal, Reino Unido e Suécia e surge na sequência do estudo EU-MIDIS II promovido pela mesma Agência que entrevistou 25.515 pessoas de diferentes minorias étnicas e imigrantes em todos os 28 Estados membros da União Europeia.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela