Secções
Entrar

Portugal poderá reforçar missão de paz no Mali em 2020

10 de julho de 2019 às 22:51

O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas disse que Portugal poderá enviar seis militares e um avião C-295 da Força Aérea para o Mali durante seis meses no próximo ano.

O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, António Silva Ribeiro, disse esta quarta-feira à agência Lusa que Portugal poderá enviar seis militares e um avião C-295 da Força Aérea para o Mali durante seis meses no próximo ano.

O almirante António Silva Ribeiro declarou à Lusa que Portugal vai manter no próximo ano e, possivelmente, reforçar a presença na Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali (MINUSMA), que conta com dois oficiais portugueses no quartel-general.

"Tudo indica que, se for aprovado, Portugal terá de 15 de maio a 15 de novembro, um reforço com a presença de um avião C-295 da Força Aérea e de seis militares" para o apoio à MINUSMA, declarou António Silva Ribeiro, em entrevista à Lusa na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque.

O CEMGFA acrescentou que Portugal vai manter também a presença na Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA) e ainda os três observadores na Colômbia, no quadro da Missão de Verificação das Nações Unidas na Colômbia.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou em 28 de junho a extensão do mandato da sua missão no Mali por mais um ano, para combater a violência no centro do país e restabelecer a autoridade governamental.

A MINUSMA foi estabelecida em 2013 e tem sido a mais mortífera entre as missões lideradas pela ONU, com 185 vítimas mortais entre os capacetes azuis.

A resolução adotada pelo Conselho de Segurança da ONU sublinhou que a principal missão dos 16.000 operacionais destacados naquele país - a MINUSMA - continua a ser a implementação de um acordo de paz assinado em 2015.

O Mali tem sido palco de agitação desde 2012, motivada por uma insurreição liderada por soldados rebeldes com o objetivo de derrubar o Presidente.

As consequências destes eventos conduziram ao surgimento de forças 'jihadistas' no território maliano, apenas afastados do poder em 2013, após uma guerra liderada por França.

Ainda assim, a presença de 'jihadistas' mantém-se no centro do país, e a nação situada na África Ocidental continua sob ameaça de grupos associados à Al-Qaeda e ao autoproclamado Estado Islâmico (EI), que em 2015 abandonaram o árido norte do país para a região central, mais povoada.

A resolução aprovada apontava preocupação com as perdas da MINUSMA, pedindo um aumento das forças que a integram, assim como um treino mais apropriado.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela